Corte de gastos nos EUA

Doge planeja cortar até US$ 10 bilhões em projetos de energia limpa do DoE

Proposta atinge projetos de hidrogênio, captura de carbono e armazenamento de energia da Exxon e Occidental, além do risco de fuga de tecnologias

O presidente dos EUA, Donald Trump, e Elon Musk, o presidente fundador da fabricante de elétricos Tesla (Foto Shealah Craighead/Casa Branca)
Presidente Donald Trump e o presidente da Tesla, Elon Musk, também à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Foto Shealah Craighead/Casa Branca)

O Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) está preparando cortes drásticos que podem interromper quase US$ 10 bilhões em financiamento federal para projetos de energia limpa — e algumas de suas parcerias mais importantes com a ExxonMobil e a Occidental Petroleum estão em jogo.

Proposta elimina financiamento para hidrogênio, captura de carbono e armazenamento energético, com risco de migração de tecnologias para outros países

Os cortes propostos acabariam com os contratos do governo com empresas de energia que trabalham com hidrogênio, captura de carbono, armazenamento de energia de longa duração e outras tecnologias, de acordo com memorandos do departamento analisados pelo The Wall Street Journal. Espera-se que milhares de empregos no DoE sejam eliminados.

Os cortes fazem parte de uma ampla campanha do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) para reduzir a escala do governo e seus gastos. Os esforços do Doge, liderados pelo conselheiro de Donald Trump, Elon Musk, reduziram contratos e resultaram em milhares de cortes de empregos em toda a força de trabalho federal até o momento.

A soma de US$ 10 bilhões reflete os possíveis cortes de verbas em dois escritórios do DoE e, provavelmente, uma parte dos cancelamentos conduzidos pelo Doge que estão sendo considerados em todo o departamento, de acordo com funcionários atuais e antigos.

Jigar Shah, que dirigiu o escritório durante o governo de Joe Biden, disse que o risco é que as empresas levem suas tecnologias, fábricas e projetos para outros países. “Os EUA têm um longo histórico de avanços importantes — incluindo energia solar, armazenamento de baterias e veículos elétricos — mas deixam a China dominar seu desenvolvimento e comercialização”, completou.

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