Brent

Petróleo fecha em alta, impulsionado por dólar fraco e negociações comerciais

Brent sobe 3,2%, a US$ 67,96 o barril, impulsionado por diálogo EUA-China, plano da Opep+ e fraqueza do dólar, apesar de queda na demanda por gasolina nos EUA

Bomba cavalo-de-pau para produção terrestre no campo de Cat Canyon, em Santa Maria, na Califórnia (EUA) em operação de petroleira independente (Foto Divulgação)
Cavalo-de-pau para produção independente em terra, em Santa Maria/EUA (Foto Divulgação)

Os contratos futuros do petróleo ampliaram os ganhos do pregão anterior e encerraram em alta nesta quinta-feira (17/4), impulsionados por uma combinação de fatores que sustentam o movimento altista da commodity. A contínua fraqueza do dólar, o otimismo em torno das negociações comerciais e os planos atualizados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) dão suporte aos preços, segundo Janiv Shah, da Rystad Energy.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para junho avançou 3,20% (US$ 2,12), a US$ 67,96 o barril, enquanto o petróleo WTI para o mesmo mês, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 3,53% (US$ 2,18), fechando a US$ 64,01 o barril.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, operava estável nesta tarde.

Investidores demonstram otimismo com os desdobramentos das negociações entre as duas maiores economias do mundo e os demais países em relação às tarifas impostas pelos EUA.

A China afirmou nesta quinta que continua aberta ao diálogo com base no “respeito mútuo”. Em resposta, o presidente Donald Trump disse acreditar que fará “um bom acordo” com Pequim.

Ele acrescentou ainda que as conversas estão indo bem com todos os países e mencionou que o Irã também estaria disposto a conversar, mas alertou que, sem um acordo, a situação pode ser “péssima” para Teerã.

Além disso, o Wall Street Journal revelou que o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) pretende cortar até US$ 10 bilhões em investimentos em energia limpa do Departamento de Energia. Já o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 1 na semana, a 481, de acordo com informações da Baker Hughes, empresa que presta serviços ao setor.

Do lado da demanda, o JPMorgan destacou que a guerra tarifária tem afetado o turismo, o que, por sua vez, estaria impactando o consumo de petróleo nos EUA. A demanda por gasolina no país caiu 3% nas últimas três semanas, reflexo da queda no número de turistas canadenses entrando no país.

“A redução no uso de combustível nos EUA está começando a impactar os números globais. A demanda global de petróleo parece ter caído cerca de 150 mil barris por dia até meados de abril”, aponta Prateek Kedia, do JPMorgan.

Por Poliana Santos. Com informações da Dow Jones Newswires.

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