Corredor de hidrogênio

Alemanha, Países Baixos e Omã fecham acordo para primeiro corredor de importação de hidrogênio liquefeito do mundo 

Corredor deverá entrar em operação até 2029; transporte será feito por embarcações

Reunião de negócios entre CEOs durante visita do Sultão de Omã, Haitham bin Tarik, aos Países Baixos (Foto Divulgação Hydrom)
Reunião de negócios entre CEOs durante visita do Sultão de Omã, Haitham bin Tarik, aos Países Baixos (Foto Divulgação Hydrom)

RIO — Alemanha, Países Baixos e Omã assinaram, na quarta (16/4), um acordo de desenvolvimento conjunto (JDA) para criação do primeiro corredor de importação de hidrogênio liquefeito do mundo. 

A iniciativa conectará o porto de Duqm, em Omã, ao porto de Amsterdã, nos Países Baixos, e a importantes centros logísticos na Alemanha, incluindo o porto de Duisburgo. O corredor deverá entrar em operação até 2029.

“Ao conectar o hidrogênio verde de Omã às necessidades energéticas da Europa, estamos avançando em nossos objetivos climáticos compartilhados e criando um caminho para a energia sustentável”, disse Sophie Hermans, Ministra do Clima e Crescimento Verde da Holanda. 

O anúncio foi feito durante a visita do Sultão de Omã, Haitham bin Tarik, aos Países Baixos.

“Omã se orgulha de nossa estreita cooperação com os Países Baixos na transição energética. Nosso foco conjunto em hidrogênio verde e nossa ambição mais ampla de estabelecer corredores de troca de energia refletem nosso compromisso mútuo com um futuro mais limpo e sustentável”, afirmou o bin Tarik durante encontro com os chefes de governo e de estado dos Países Baixos, o primeiro-ministro Dick Schoof e o Rei Willem-Alexander.

O acordo reúne 11 parceiros estratégicos, incluindo a Hydrom (organização nacional de hidrogênio verde de Omã), a OQ (empresa de energia integrada de Omã), a holandesa Tata Steel Nederland, a alemã Hamburger Hafen und Logistik AG. 

Entre os destaques do projeto está o uso de tecnologias para liquefação, transporte, armazenamento e distribuição. 

O transporte será feito por meio de embarcações da Ecolog. A empresa, que trabalha há 50 anos com a movimentação de gás natural liquefeito (GNL), adaptou a mesma tecnologia ao transporte de hidrogênio, usando os mesmos componentes da cadeia de suprimento.

Infraestrutura integrada 

O desenvolvimento do corredor incluirá uma instalação centralizada de liquefação, armazenamento e exportação no porto de Duqm — um dos polos de produção de hidrogênio verde em Omã.

Também estão previstas negociações sobre preços e entrega para compradores localizados em Amsterdã, outras partes dos Países Baixos e Alemanha, com a EnBW responsável pela transação.

Além disso, o acordo prevê a construção de infraestrutura dedicada nos portos envolvidos e em rotas terrestres e fluviais, utilizando a rede de canais dos Países Baixos, conexões ferroviárias e gasodutos para a distribuição do hidrogênio em estado gasoso e líquido.

“Esta parceria demonstra o compromisso de Omã em liderar a economia global do hidrogênio verde, ao mesmo tempo em que fortalecemos os laços com a Europa para apoiar sua transição energética limpa”, destacou o Ministro de Minas e Energia de Omã, Salim Nasser Al Auf.

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