O governo do Mato Grosso do Sul anunciou nesta segunda (4) o lançamento de um Plano Estadual de Combate a Incêndio Florestal, com investimento de R$ 56,6 milhões.
De acordo com o governo estadual, os recursos serão investidos na capacitação do Corpo de Bombeiros e na compra de equipamentos, entre eles uma aeronave destinada ao combate a incêndios.
O plano de combate a incêndios também traça estratégias e intensifica ações de prevenção e controle, entre elas o reforço da fiscalização em áreas de estradas e linhões de energia.
Em dezembro o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi a Brasília para solicitar que o governo federal libere recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para permitir a mitigação de prejuízos causados por queimadas e pela estiagem prolongada a empreendimentos turísticos e propriedades rurais no Pantanal.
Ao todo, o estado conseguiu a liberação de R$ 180,5 milhões do FCO para 2021. Os recursos poderão ser solicitados por cerca de 5 mil produtores rurais.
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Pantanal teve maior alta de focos de queimadas em 2020
Em 2020, o Brasil registrou mais de 200 mil focos de queimadas, segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta semana.
O número é 12,73% superior à marca alcançada em 2019 e representa o maior número de focos desde 2010.
O maior aumento percentual foi registrado justamente no Pantanal. No bioma, que ocupa a maior parte do estado do Mato Grosso do Sul, foram registrados 22.116 focos de queimadas em 2020. O número marca uma alta de 120,7% sobre os 10.025 focos registrados em 2019 no Pantanal.
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A Amazônia foi a região mais atingida pelas queimadas e também registrou aumento nos registros de incêndios. Em 2020 foram 103.161 focos de queimadas, alta de 15,68% sobre os 89.171 registros de 2019.
De acordo com outro estudo divulgado hoje pela ONG ICV (Instituto Centro de Vida), entre janeiro e novembro de 2020, 30% do Pantanal foi atingido por queimadas, o que equivale a mais de 2,1 milhões de hectares.
Ao longo do ano, o governador Azambuja afirmou que a estiagem prolongada foi a principal causa das queimadas em 2020. O Pantanal experimentou em 2020 sua pior seca em ao menos 50 anos.
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