Brent

Petróleo fecha em queda após IEA reduzir previsão de crescimento da demanda em 2025

Brent recua 0,32%, a US$ 64,67 o barril, após IEA reduzir previsão de crescimento da demanda global em 300 mil barris/dia para 2025, citando impacto de tarifas dos EUA

Navio próximo a porto no Paraná (Foto José Fernando Ogura/AEN)
Navio próximo a porto no Paraná (Foto José Fernando Ogura/AEN)

Os contratos futuros de petróleo fecharam o pregão desta terça-feira (15/4) em queda, após a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduzir sua estimativa de crescimento da demanda para 2025 em cerca de 300 mil barris por dia, citando o impacto negativo esperado das tarifas americanas sobre o crescimento econômico global.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para junho recuou 0,32% (US$ 0,21), para US$ 64,67 o barril, enquanto o petróleo WTI para maio, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 0,33% (US$ 0,20), fechando a US$ 61,33 o barril.

Os contratos futuros de petróleo bruto viraram para queda após uma alta inicial impulsionada pelo alívio tarifário dos Estados Unidos sobre as exportações de produtos eletrônicos e o aumento reportado nas importações de petróleo da China.

A projeção para o aumento da demanda global por petróleo em 2025 foi revisada para 726 mil barris por dia, ante projeção anterior de alta de 1,03 milhão de bpd. O relatório veio na esteira de cortes nas projeções pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pelo Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos.

A IEA também reduziu sua estimativa de crescimento da oferta para 2025 em 260 mil barris por dia, para 1,2 milhão de barris, devido à menor produção esperada nos EUA e na Venezuela, e afirmou que o aumento da produção da Opep e aliados (Opep+) em maio pode ser menor.

Os preços do petróleo parecem ter se estabilizado após o anúncio das tarifas do chamado “Dia da Libertação”, mas em níveis que destacam a visão pessimista do mercado em relação à demanda, afirma John Coleman, da Sparta Commodities. “As tensões comerciais continuam pesando sobre o WTI, já que tarifas retaliatórias e a provável continuidade da incerteza política forçam os preços a se manterem mais competitivos que o normal”, diz ele.

Por Pedro Teixeira. Com informações da Dow Jones Newswires.

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