A Bahia Geração de Energia S.A., controlada pela Neoenergia, venceu o leilão de privatização da CEB Distribuição, do Distrito Federal. A empresa ofereceu lance de R$ 2,515 bilhões pela aquisição de 100% das ações da companhia.
O lance mínimo estipulado para a compra era de R$ 1,423 bilhão. O valor era quase igual aos passivos de curto prazo da empresa, que somam R$ 1,453 bilhão, segundo avaliação feita para o leilão, com participação do BNDES.
Já os passivos de longo prazo somam R$ 924 milhões.
A aquisição da CEB Distribuidora ainda está sujeita a aprovação pelo Cade e a anuência da Aneel. A assinatura do contrato de compra e venda está prevista para ocorrer em 25 de fevereiro.
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A CEB Distribuidora fechou o ano de 2019 atendendo a 1,1 milhão de clientes com fornecimento de 6.577 GWh. Sua privatização era acompanhada com interesse pelo mercado, que a considera um ativo de pouco risco por atender a uma rede de clientes de renda média elevada.
No ambiente político, a venda da distribuidora foi amplamente questionada na Assembleia do Distrito Federal e na Justiça.
Em novembro, oito senadores, deputados federais e deputados distritais foram à Justiça Federal para tentar evitar a privatização. Os parlamentares protocolaram uma ação no Tribunal de Justiça do DF solicitando a suspensão da Assembleia Geral Extraordinária da empresa realizada em outubro, em que os acionistas da CEB aprovaram a venda da companhia.
Os políticos questionavam a realização do processo de venda sem a autorização do Legislativo. No entanto, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) garantiu, no começo de novembro, a legalidade do leilão sem o aval da Câmara Legislativa.
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