Covid-19 afeta curto prazo da Petrobras, mas plano para 2025 está alinhado com mercado

O FPSO P-74 teve seu casco convertido no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro, e está sendo integrado no EBR, no Rio Grande do Sul
O FPSO P-74 teve seu casco convertido no Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro, e está sendo integrado no EBR, no Rio Grande do Sul

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Editada por Gustavo Gaudarde
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A Petrobras reduziu investimentos e metas de produção para os próximos cinco anos no novo plano estratégico da empresa. A empresa prevê investimentos de US$ 55 bilhões para o período 2021-2025 – no plano anterior (2020-2024), o montante era de US$ 75 bilhões.

— O segmento de E&P vai absorver 84% do total (US$ 46 bilhões), dos quais US$ 32 bilhões (70% do valor para E&P) serão destinados a ativos do pré-sal.

— Dos investimentos aprovados pelo Conselho de Administração da Petrobras, US$ 10,2 bilhões serão investidos em 2021, US$ 11 bilhões em 2022, US$ 11,9 bilhões em 2023, US$ 11,6 bilhões em 2024 e US$ 10,5 bilhões em 2025.

— O plano estratégico 2021-2025 projeta uma produção 2,75 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia em 2021, ante 2,9 milhões de boe/d previstos há um ano.

— A estimativa reflete os impactos da covid-19 e os desinvestimentos já feitos em 2020, mas não consideram a venda do campo de Baúna para a Karoon, nem as vendas que ainda poderão ser fechadas este ano. A companhia considera uma variação de 4%, para mais ou para menos, no período.

— Para 2024, a meta passou de 3,5 milhões de boe/d para 3,3 milhões de boe/d. Em 29 de outubro, o diretor de E&P da petroleira, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, disse, em teleconferência com analistas, que a meta para 2024 seria mantida. A mesma produção, de 3,3 milhões de BOE/d, é estimada para 2025. Valor

— “Essa é a parte que os investidores podem receber com certa decepção”, escreveram analistas do BTG pactual sobre a redução na curva de produção, ressaltando que a diferença mais marcante é em 2021, enquanto a estimativa para 2025 está em linha com as estimativas.

— Opinião compartilhada pelo Goldman Sachs – “embora a perspectiva de produção de curto prazo tenha ficado um pouco abaixo da estimativa, a perspectiva de longo prazo permanece forte, refletindo o foco da empresa em projetos lucrativos (com breakeven abaixo de US$ 35/bbl) no pré-sal”, avaliou o banco.

— Em comunicado ao mercado, a Petrobras informa que “o plano mantém os cinco pilares que atuam na sustentação para a implantação do conjunto de estratégias da companhia: (i) Maximização do retorno sobre o capital empregado; (ii) Redução do custo de capital; (iii) Busca incessante por custos baixos e eficiência; (iv) Meritocracia e (v) Segurança, saúde, respeito às pessoas e ao meio ambiente”.

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nessa quinta (26/11), após as altas nos últimos dias e o barril ter chegado aos maiores níveis desde março. Em dia de baixa liquidez devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, a expectativa de retomada por conta de uma vacina contra a covid-19 deu lugar à cautela, por novas medidas de restrição em alguns países.

— O Brent para janeiro encerrou o dia em baixa de 1,66%, cotado a US$ 47,80 o barril. No pregão eletrônico da Nymex, o WTI para janeiro foi negociado a US$ 44,99, baixa de 1,58%. Terra

A BR Distribuidora comprou, por R$ 62,1 milhões, 70% da Targus Energia, comercializadora de energia elétrica, o que garante sua entrada no segmento. A transação prevê ainda mecanismos de “earn-out” e opções de compra e venda dos 30% restantes.

— Fundada em 2017, a Targus Energia possui cerca de 200 unidades consumidoras em sua carteira, tendo negociado 3,9 mil gigawatts-hora (GWh) em 2019, obtendo um faturamento próximo de 900 milhões de reais. epbr

A Total Eren fechou com o Banco do Nordeste (BNB) financiamento de longo prazo de R$ 423 milhões para os complexos eólicos de Terra Santa e Maral, somando 160 MW, em construção no Rio Grande do Norte. Serão R$ 241 milhões de reais para o projeto de Terra Santa e R$ 182 milhões para Maral. O custo total dos projetos chega a R$ 825 milhões.

— Terra Santa (92,3 MW) e Maral (67,5 MW) possuem acordos privados de 20 anos para fornecimento de energia, e seus comissionamentos são esperados para meados de 2021. Quando concluídos, os projetos gerarão 720 GWh por ano.

— A Total Eren, que tem como acionista a petroleira Total, garantiu financiamento para as plantas eólicas através da emissão de dívida de longo prazo com maturidade de 22 anos. Além de Terra Santa e Maral, a companhia possui três plantas solares fotovoltaicas em operação no Brasil: Dracena (90 MWp), BJL 11 (25 MWp) e BJL 4 (25 MWp). Reuters

O governo do Espírito Santo planeja renunciar ao controle de sua distribuidora de gás canalizado com a venda de 25% das ações da companhia em uma operação na B3. O governo capixaba possui atualmente 51% da ES Gás. Dona dos demais 49% da empresa, a BR Distribuidora também irá vender 25%, disse o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

— O BNDES está sendo contratado para elaborar o plano de privatização da distribuidora, afirmou Casagrande. Entre as opções está uma oferta pública inicial (IPO) tradicional, segundo Heber Resende, presidente-executivo da ES Gás, mas que é mais provável que a participação seja vendida a um investidor único ou a um grupo de investidores. Money Times, com Reuters

A EDP desenvolveu o primeiro ônibus elétrico brasileiro carregado exclusivamente a partir de geração solar. O projeto-piloto, feito em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) por R$ 4,85 milhões, tem autonomia de 300 km e potência de 110 kW, equivalente a 148 cavalos.

— Construído sobre um chassi da chinesa BYD, com carroceria da Marcopolo, o veículo transporta diariamente funcionários da EDP no trajeto de cerca de 70 km entre Fortaleza e São Gonçalo do Amarante, onde fica a UTE Pecém (CE). O ônibus recebe nova carga nos intervalos das viagens. A energia é garantida a partir de 183 placas solares instaladas na UTE Pecém.

— A segunda fase do projeto prevê a instalação de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV, na sigla em inglês) no teto do veículo. O objetivo é abastecer parte da necessidade de energia do interior do ônibus, como carregamento de celulares de passageiros. epbr

A chinesa Spic assinou nessa quinta uma parceria com o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobras, para desenvolver estudos que visam ampliar o uso de sistemas inteligentes e renováveis.

— Segundo a CEO da Spic Brasil, Adriana Waltrick, a companhia vai destinar R$ 20 milhões a fundo perdido em projetos que deverão envolver pesquisas em energia inteligente integrada, células de combustíveis a hidrogênio e baterias para armazenamento.

— A Spic detém a outorga da hidrelétrica São Simão, entre Goiás e Minas Gerais, e empreendimentos eólicos na Paraíba. Reuters

A Braskem estimou em R$ 3 bilhões os custos e despesas adicionais para a implementação de medidas definidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para encerramento das atividades de extração de sal em Maceió (AL). O montante é adicional aos valores já provisionados, que, segundo o resultado do 3º trimestre, alcançava R$ 3,56 bilhões.

— Em fato relevante, a petroquímica afirmou que tomou conhecimento de um ofício da ANM a respeito das medidas, que incluem o fechamento da mina incluindo o preenchimento com material sólido de determinados poços de sal adicionais. Reuters

A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Araruama (RJ), na 78ª fase da Operação Lava Jato, nessa quinta (26/11). As ordens judiciais foram expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba e envolvem o ex-funcionário da Petrobras Jeceny Jorge Lourenço Rodrigues. Ele já tinha sido alvo da 57ª etapa da operação.

— Segundo colaboradores, Rodrigues teria recebido cerca de US$ 2,2 milhões, entre 2009 e 2015, para favorecer uma trading company em negociações de compra de combustíveis marítimos fornecidos pela Petrobras.

— O valor atualizado soma R$ 11,8 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF), e teria sido recebido pelo funcionário em troca de benefício para a empresa estrangeira em 303 operações de venda dos combustíveis marítimos. G1

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