A EDP desenvolveu o primeiro ônibus elétrico brasileiro carregado, exclusivamente, a partir de geração solar. O projeto-piloto, desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) ao custo de R$ 4,85 milhões, tem autonomia de 300 km e potência de 110 KW, o equivalente a cerca de 148 cavalos.
O ônibus, construído sobre um chassi da chinesa BYD com carroceria da Marcopolo, está sendo operado diariamente no transporte de funcionários da EDP no trajeto de cerca de 70 km entre Fortaleza e São Gonçalo do Amarante, onde fica a UTE Pecém. O ônibus recebe nova carga de energia nos intervalos das viagens diárias.
A energia para o veículo é garantida a partir de 183 placas solares instaladas na UTE Pecém. Mas a segunda fase do projeto prevê a instalação de filmes fotovoltaicos orgânicos (OPV, na sigla em inglês) no teto do veículo. O objetivo é que os filmes consigam abastecer parte na necessidade de energia do interior do ônibus, como carregamento de celulares de passageiros.
A EDP tem apostado na mobilidade elétrica, diz o gestor executivo de operação na EDP no Brasil, Cayo Moraes. “O ônibus elétrico solar é uma inovação que mostra o potencial dessa solução sustentável para o transporte urbano e rodoviário de massa”, afirma ele. Ao todo, a EDP está investindo mais de R$ 10 milhões em mobilidade elétrica para transporte coletivo.
Outros projetos
O primeiro investimento no setor foi um projeto-piloto focado em transporte coletivo 100% abastecido por energia elétrica no Espírito Santo, onde instalou um sistema de quatro estações de recarga para uma frota do Grupo Águia Branca. O projeto demandou investimento de R$ 6,6 milhões e foi contemplado em chamada pública da Aneel para Mobilidade Elétrica Eficiente, via fundo de Pesquisa e Desenvolvimento.
Em outubro, a EDP anunciou a instalação de 30 pontos de recarga para carros elétricos, que vão cobrir todo o estado de São Paulo. Com investimento de R$ 40 milhões, o projeto vai viabilizar a maior rede de recarga ultrarrápida de veículos elétricos da América do Sul, ligando os maiores corredores elétricos do país e permitindo viagens completas desde Vitória e Rio de Janeiro até Curitiba ou Florianópolis.
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