O ex-ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (DEM/PE), afirmou nesta quinta (19) que qualquer tentativa de retirar o atual ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, gera insegurança e ruído. Fernando Filho é o segundo parlamentar do DEM que sai em defesa do atual ministro.
“O ministro Bento Albuquerque tem empregado todos os esforços para o restabelecimento da energia”, afirmou o deputado. Ele próprio, foi ministro de Minas e Energia durante parte do governo de Michel Temer.
Mais cedo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), declarou apoio a Bento Albuquerque, ao comentar uma notícia sobre a cobiça do centrão pelo comando da pasta.
Segundo o jornalista Tales Faria, do UOL, integrantes do centrão pressionam pela demissão de Bento Albuquerque, em meio à crise no Amapá, estado que sofre há mais de duas semanas com apagões e fornecimento intermitente de energia.
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“Qualquer iniciativa no sentido de retirá-lo do cargo, assim como o afastamento dos diretores da Aneel e do Operador Nacional do Sistema, gera insegurança e ruídos, quando as atenções devem estar voltadas para a normalização do fornecimento de energia, o quanto antes, no Amapá”, publicou Fernando Filho no Twitter.
Fernando Coelho Filho foi ministro de Minas e Energia entre meados de 2016 e o começo de 2018, quando se desligou do cargo para tentar a reeleição. Esteve no comando da pasta durante as reformas implementadas no governo Michel Temer, com a retomada dos leilões de petróleo, o fim da operação exclusiva da Petrobras no pré-sal e a criação do RenovaBio.
Também comandou a criação do Programa Gás para Crescer, base do Novo Mercado de Gás, tocado atualmente por Bento Albuquerque.
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Condução da crise é bem avaliada no Planalto
Iniciativas para derrubar o ministro Bento Albuquerque não são inéditas e o ministério é, tradicionalmente, cobiçado por partidos políticos.
Bento Albuquerque, contudo, é próximo do presidente Bolsonaro, tem apoio da ala militar do governo – é almirante de esquadra da Marinha do Brasil – e a condução da crise no Amapá tem sido bem avaliada no Planalto.
Enquanto o centrão, que quer a vaga do ministro, é a base do próprio governo Bolsonaro.
Com uma série de pautas do setor de energia no Senado, Bento Albuquerque e integrantes do MME também buscaram se aproximar de Davi Alcolumbre e de senadores. Entre parlamentares, inclusive, a percepção é que o ministro tem muito mais interlocução no Senado do entre que deputados federais, incluindo o próprio Rodrigo Maia, opositor de Bolsonaro.
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