Armazenamento

Com armazenamento de energia no radar, MME vai debater hidrelétricas reversíveis

Seminário reunirá representantes de órgãos de governo e do mercado internacional

Barragem Edgar de Souza, em Santana do Parnaíba (SP), parte integrante do sistema de abastecimento de SP, que conta com elevatórias e geração de energia. Brasil não tem projetos recentes de usinas reversíveis (Foto Webysther Nunes/Wiki Commons)
Barragem Edgar de Souza, em Santana do Parnaíba (SP), parte integrante do sistema de abastecimento de SP, que conta com elevatórias e geração de energia. Brasil não tem projetos recentes de usinas reversíveis | Foto Webysther Nunes/Wiki Commons

BRASÍLIA — O Ministério de Minas e Energia vai debater a implantação de sistemas de armazenamento hidráulico em um seminário na quinta-feira (20/3). O objetivo é discutir experiências internacionais em usinas hidrelétricas reversíveis (UHR).

Esse tipo de usina tem aparecido nas discussões do setor, em meio à necessidade do Brasil de ter mais potência disponível para atender a momentos de pico de consumo.

O evento terá representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Também estão programadas participações por parte da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) e da Associação Internacional de Energia Hidrelétrica (IHA).

Foram convidados representantes da usina chinesa Três Gargantas, a maior hidrelétrica do mundo, e da Neoenergia/Iberdrola.

A expectativa é que os sistemas de armazenamento sejam regulamentados pela Aneel no segundo semestre deste ano, incluindo, além das hidrelétricas reversíveis, também as baterias químicas.

O MME planeja realizar um leilão de baterias independente do leilão de reserva de capacidade. Entidades e especialistas projetam uma contratação entre 1 gigawatt (GW) e 2 GW.

O próximo leilão de sistemas isolados, programado para setembro, abrirá a possibilidade de que as comunidades fora do Sistema Interligado Nacional (SIN) sejam atendidas por baterias de armazenamento.

Estão previstos R$ 450 milhões em investimentos para localidades do Amazonas e do Pará.

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