A Irlanda anunciou nesta quarta-feira (12/3) a doação de € 15 milhões (cerca de R$ 91 milhões) ao Fundo Amazônia, durante encontro em São Paulo entre a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva (Rede), e o ministro dos Transportes irlandês, Sean Canney.
O valor será repassado ao longo dos próximos três anos e deverá reforçar as ações de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (Redd+).
O Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o MMA, é a maior iniciativa global para financiar projetos de preservação da floresta, afirma o banco. Desde sua retomada pelo governo Lula, em 2023, o fundo já recebeu R$ 1 bilhão em doações de seis países, incluindo Noruega, Alemanha e Estados Unidos.
Para Marina Silva, o apoio da Irlanda reconhece os avanços do Brasil no combate ao desmatamento, que caiu 45% entre 2022 e 2024, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Esse aporte permitirá ao país avançar ainda mais na agenda climática e no enfrentamento das mudanças do clima”, afirmou.
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Já o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que a doação irlandesa reforça a capacidade do fundo de financiar iniciativas que protegem a floresta, fortalecem comunidades locais e impulsionam a bioeconomia.
“O BNDES continuará trabalhando para ampliar os impactos positivos dessa iniciativa e atrair novos parceiros comprometidos com a preservação ambiental”, comentou.
Com uma carteira de 123 projetos apoiados, no valor total de R$ 3,1 bilhões, o Fundo Amazônia já desembolsou R$ 1,9 bilhão, sendo mais de R$ 200 milhões somente em 2024, segundo o banco de fomento.
Além de combater o desmatamento, o fundo apoia o uso sustentável da Amazônia Legal e o desenvolvimento de sistemas de monitoramento em outros biomas e países tropicais.
A doação da Irlanda ocorre em um ano crucial para as ações climáticas globais, com a realização da COP30 em Belém (PA), em novembro. O anúncio reforça a estratégia brasileira de retomar o protagonismo na agenda ambiental e ampliar parcerias internacionais para a preservação da Amazônia, destaca o BNDES.
