Brent

Petróleo fecha em queda, reagindo à discussão na Casa Branca e de olho em tarifas e Opep+

Brent cai 2,17% na semana, a US$ 72,81, pressionados por desentendimentos na Casa Branca e expectativas sobre decisões da Opep+

Presidente Donald Trump discursa na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em 22/2/2025 (Foto Casa Branca Oficial)
Presidente Trump discursa na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em 22 de fevereiro de 2025 (Foto Casa Branca Oficial)

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (28/2), mas tiveram as perdas arrefecidas depois de uma discussão entre o presidente dos EUA, Donald Trump, o vice-presidente norte-americano, JD Vance, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensk, na Casa Branca. O desentendimento coloca em risco o acordo de minerais entre os dois países e as conversações sobre o fim da guerra entre Ucrânia e Rússia.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para maio recuou 1,03% (US$ 0,76), a US$ 72,81 o barril, enquanto o petróleo WTI para abril, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,83% (US$ 0,59), a US$ 69,76 o barril.

Na semana, o Brent cedeu 2,17%, enquanto o WTI teve baixa de 0,90%. No mês, os contratos caíram mais de 3%.

Após afirmar que Zelensky estaria “brincado com a terceira guerra mundial” e de ser ingrato aos EUA, Trump pediu que o líder da Ucrânia e sua delegação deixassem a Casa Branca.

O republicano teria dito estar “desconfortável com a presença” do ucraniano em Washington, segundo fontes da Fox News. O fim abrupto da reunião não deixou claro o grau de apoio militar e político que o governo americano está preparado para fornecer a Kiev nos próximos meses e nem se o acordo de minerais será assinado futuramente.

Todavia, a commodity seguia com certa pressão nesta sexta-feira devido às preocupações com as perspectivas de tarifas dos EUA e expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) possa adiar seus planos de aumento de produção de abril.

“Apesar de toda a atenção voltada para o fato de a Opep+ adiar ou não a redução da produção, talvez a área mais interessante a ser observada seja a dos sinais de aprofundamento das tensões entre os membros do grupo”, diz a Capital Economics.

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