LYON (FR) — Os investimentos no mercado brasileiro de armazenamento com baterias deve chegar a R$ 22,5 bilhões até 2030, aponta estudo da Greener.
No ano passado, a demanda de equipamentos para sistemas de armazenamento de energia em bateria (Bess) cresceu 89% em 2024 na comparação com 2023. Segundo a consultoria, grande parte deles serão instalados em 2025.
Em 2023, foram instalados 269 megawatt-hora (MWh) no país, crescimento de 29% em relação a 2023, quando o total havia sido de 209 MWh.
Da capacidade total instalada de armazenamento no país, 70% é utilizada para atender sistemas isolados.
De acordo com a Greener, o principal motivador para instalação de sistemas de armazenamento no Brasil é a confiabilidade, necessária devido às quedas de energia e interrupções no fornecimento.
A previsão é que este ano ocorra o primeiro leilão de baterias do país. O objetivo é impulsionar a tecnologia no Brasil, segundo o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD).
Mercado internacional em expansão
Segundo a Greener, o mercado internacional de armazenamento de energia em bateria deve ultrapassar 760 gigawatts (GW) de potência instalada até 2030.
Em 2025, a expectativa é de 80,5 GW instalados, crescimento de 20% com relação a 2024, quando foram registrados 66,6 GW, de acordo com a Bloomberg.
A expansão está sendo liderada por Estados Unidos, China e Europa, que, em 2023, concentraram 90% do mercado, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, do inglês International Energy Agency).
Países da América Latina e do Pacífico estão ampliando os investimentos, mas, segundo a agência, ainda ficam para trás por causa de barreiras regulatórias e altos custos de capital.
É o caso do Brasil, que de acordo com o MME, precisa de uma “regulamentação devidamente amadurecida”.
Além disso, a carga tributária sobre sistemas com bateria no país pode chegar a 79% do custo, aponta a Greener.