LYON (FR) — Fusões e aquisições no setor de óleo e gás cresceram 62% em 2024, em comparação com 2023, aponta pesquisa da KPMG. Foram 26 operações no ano passado e 16 no período anterior. Já as transações domésticas aumentaram de 11 para 20, quase o dobro.
No ano passado, foram registradas duas aquisições por empresa de capital majoritário brasileiro de companhias estabelecidas no Brasil. Em 2023, havia ocorrido apenas uma operação desse tipo.
“Tal movimento pode ser analisado tanto do lado das operadoras independentes de petróleo, que agora estão num processo de otimização de eficiência operacional e em busca de gatilhos de crescimento, quanto dos fornecedores da cadeia, também atrás de competitividade e maior poder de barganha com seus clientes”, diz o sócio da KPMG, Bruno Marcondes.
“A consolidação demostra que o setor de petróleo e gás tem possibilidade de voltar a apresentar um volume relevante de fusões e aquisições, como há seis ou sete anos atrás”, acrescenta.
Na última década, o recorde de transações anuais foi de 46 operações, registrado em 2018, segundo a KPMG.
O número de fusões e aquisições em 2024 é o mesmo de 2014, quando houve a queda acentuada no preço do petróleo e o início da Operação Lava Jato, que investigou casos de corrupção na Petrobras.