comece seu dia

Petrobras sinaliza mais compras nacionais e cobra entregas no prazo

Com cobrança sobre cumprimento de prazos, Petrobras promete encomendas à indústria

Lula, Alexandre Silveira, Magda Chambriard e Sergio Bacci durante cerimônia de retomada da indústria naval e offshore brasileira, no Tebig, Angra dos Reis (RJ), em 17/2/2025 (Foto Ricardo Stuckert/PR)
Lula, Silveira, Chambriard e Bacci durante cerimônia de retomada da indústria naval e offshore brasileira (Foto Ricardo Stuckert/PR)

NESTA EDIÇÃO. Presidente da Petrobras promete “pisar no acelerador” com encomendas. 
 
Relatório da ANP aponta engessamento no mercado de GLP.
 
Laércio Oliveira vai apresentar novo projeto para desconcentração do mercado de gás.
 
Transportadoras pedem senso de urgência para destravar investimentos na malha de gasodutos.
 
Frente parlamentar defende que Eletrobras deveria arcar com o financiamento de Angra 3.
 
Ondas de calor atrapalham eventos esportivos e culturais, como o Carnaval.  


EDIÇÃO APRESENTADA POR

Em evento com a presença do presidente Lula na segunda (24/2), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, prometeu que a companhia vai acelerar as encomendas à indústria e pediu que os fornecedores “se preparem”

  • “Nós precisamos de fornecedores fortes, precisamos entregar nossas encomendas e precisamos que isso tudo aconteça a tempo e a hora […]. De novo, fornecedores, estejam atentos, nós estamos pisando no acelerador e vamos precisar de vocês todos”, disse. 

Chambriard reforçou a necessidade de disponibilidade de mão de obra qualificada — uma das principais dificuldades da indústria local, depois de anos de encomendas fracas.

  • A redução dos investimentos da companhia a partir da segunda metade da década passada reduziu a presença de fornecedores no país.  

A CEO vem indicando a intenção de dar mais atenção à cadeia de fornecimento nacional há meses, sob o argumento de que o fortalecimento da indústria brasileira é importante para evitar vulnerabilidades às oscilações internacionais.  

  • “Nós não estamos prestigiando a indústria nacional porque somos ‘Madre Teresa de Calcutá’. Estamos prestigiando a indústria nacional porque precisamos de diversidade de fornecedores”, disse em coletiva de imprensa em outubro. 

Na ocasião, Chambriard também havia reclamado da alta nos preços dos fornecedores e dos impactos para novos projetos na Bacia de Campos. 

  • “Os preços começaram a ficar muito elevados. Entendemos as dificuldades dos nossos fornecedores, mas nós vamos ter que ser criativos, e eles também”, disse na época. 


Recorde de produção. O campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos, atingiu na segunda (24) a marca de 800 mil barris de petróleo produzidos diariamente. Búzios, que entrou em operação em 2018, é o segundo campo em volume de produção no país, atrás apenas do campo de Tupi.

Preço do barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta na segunda (24) em meio a preocupações com a oferta após a refinaria de Ryazan, na Rússia, suspender suas operações devido a um ataque de drones ucranianos. Na Intercontinental Exchange, o Brent para maio avançou 0,35% (US$ 0,26), a US$ 74,31 o barril.

Gás de botijão. Em meio às discussões sobre a reforma na regulação do setor de gás liquefeito de petróleo, um relatório de abastecimento publicado pela ANP aponta que há um engessamento das participações de mercado, diante dos mecanismos de fornecimento do produto feito pela Petrobras.

Gas release. O senador Laércio Oliveira (PP/SE) pretende apresentar um projeto para criar um programa de desconcentração do mercado de gás natural, o Progás. Durante o aquecimento gas week 2025 na segunda (24), Oliveira disse que, com isso, quer retomar a discussão sobre o gas release no Congresso.

  • Em 2024, o parlamentar introduziu um capítulo sobre o tema no relatório do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), mas a iniciativa não seguiu adiante.  

Gasodutos. As transportadoras de gás natural pregam senso de urgência na fixação de um regra transitória para destravar investimentos na malha dutos do país.

  • Os agentes do setor alegam que a atual metodologia usada para a taxa de remuneração do capital está defasada e que a falta de clareza sobre a remuneração travou novos investimentos. 

Infraestrutura. As incertezas sobre a demanda do mercado de gás impõem um risco sobre a construção do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano, afirmou a vice-presidente da Equinor, Cláudia Brun. 

  • Segundo ela, existe o risco de erros no dimensionamento da infraestrutura e falta clareza de como, eventualmente, lidar com eles. 

Biometano de aterro. Os aterros sanitários são uma solução para ajudar o biometano a ganhar escala em um país de dimensões continentais como o Brasil, e superar desafios logísticos, avalia Álvaro Ferreira, CEO da Waga Energy Brazil. O grupo francês inaugurou, no começo de fevereiro, uma subsidiária em São Paulo, de olho na expansão dos negócios para a América do Sul.

Angra 3. O novo adiamento pelo CNPE da decisão sobre o futuro da usina de Angra 3 frustra as ambições do estado do Rio de Janeiro de ver retomada das obras em Angra dos Reis, único projeto nuclear em desenvolvimento no país.

  • Presidente da frente parlamentar mista da Tecnologia e Atividades Nucleares, o deputado Júlio Lopes (PT) defende que a Eletrobras deveria arcar com o financiamento da obra de acordo com a participação que detém na usina ou indenizar o governo pelos investimentos que foram feitos pela União.

Clima extremo no Carnaval. As ondas de calor se tornaram pelo menos cinco vezes mais prováveis devido às mudanças climáticas e devem atrapalhar grandes eventos culturais e esportivos, aponta uma análise do Climate Central. Segundo a organização, em pleno mês de fevereiro, mais de 127 milhões de brasileiros enfrentam temperaturas extremas.

Newsletter comece seu dia

Inscreva-se e comece seu dia bem informado sobre tudo que envolve energia