A diretora da ANP, Symone Araújo, defendeu a necessidade de integração de áreas do governo para que o desafio ambiental para a exploração de petróleo e gás natural em novas fronteiras seja vencido.
A indicação da diretora do Departamento de Gás do Ministério de Minas e Energia (MME) para a diretoria da agência foi ratificada nesta terça (20/10) pelo Plenário do Senado.
“É de grande valia para o Brasil que a gente avance em novas fronteiras. Não conhecemos o potencial de nossas bacias. Utilizamos um potencial na casa de menos de 5%. É dever/poder da agência assegurar a transformação dessa riqueza em benefício para o Brasil”, disse na Comissão de Serviços de Infraestrutura durante a sabatina realizada na última segunda-feira (19/10).
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Symone Araújo respondia ao senador Lucas Barreto (PSD/AP) sobre a desistência da Total participar da exploração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas, no Amapá. O senador afirmou que cálculos feitos por especialistas – sem citar quais – indicaram que existem 14 bilhões de barris de petróleo na região.
“O que falta lá é só a licença do Ibama. Está sendo protelado. A gente vai precisar muito do apoio de vocês para que se resolva isso. O Amapá está nessa rota de desenvolvimento”, disse o senador.
A saída da Total
A Total desistiu em setembro dos projetos na Foz do Amazonas e chegou a um acordo para transferir sua participação de 40% em cinco blocos na região para a Petrobras ou para a BP, atuais sócias nos contratos de concessão.
No começo do mês passado, a empresa já havia anunciado a renúncia da operação dos ativos. Decisões ocorreram após a tentativa de licenciar uma campanha de perfuração na região, sem sucesso. Recentemente, a companhia reiniciou o processo no Ibama.
Se a BP não manifestar interesse em elevar sua participação além dos 30% atuais, a Petrobras assume os 40% da Total, ficando com 70% dos contratos.
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Os corais da Foz do Amazonas
Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama.
Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o Greenpeace, devido à descoberta de uma área, de ao menos 9,5 km², dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas.
A ONG realiza uma campanha de mobilização contra a exploração de petróleo na região intitulada Defenda os Corais da Amazônia.
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