Fundo para bioeconomia

Petrobras lança fundo para financiar projetos de bioeconomia

Iniciativa prevê R$ 100 milhões para estruturar negócios sustentáveis e ampliar impactos ambientais no Brasil

Fachada do edifício-sede da Petrobras (Edise), na Avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto Agência Petrobras)
Fachada do edifício-sede da Petrobras (Edise), na Avenida Chile, no Rio de Janeiro | Foto Agência Petrobras

A Petrobras anunciou a criação de um fundo voltado para projetos de bioeconomia e soluções baseadas na natureza (NBS, na sigla em inglês). O Fundo Petrobras de Bioeconomia contará com R$ 50 milhões aportados pela estatal e outros R$ 50 milhões provenientes de fundos administrados pela gestora Régia Capital, especializada em investimentos sustentáveis.

A iniciativa tem como objetivo financiar projetos socioambientais no Brasil e estruturá-los como negócios sustentáveis, permitindo a preservação do capital investido e a ampliação dos impactos socioambientais. A estatal pretende reinvestir os retornos financeiros obtidos para expandir as iniciativas apoiadas.

A gestão do fundo será conduzida pela Régia Capital, selecionada em um processo competitivo que levou em consideração a experiência da gestora, fruto de uma parceria entre a JGP e a BB Asset.

Os projetos beneficiados serão selecionados com base em critérios como impacto na mitigação climática e conservação da biodiversidade, combate ao desmatamento, geração de empregos e renda, além do potencial de criação de créditos de carbono e biodiversidade. A governança do fundo prevê a utilização do modelo Impact Linked Compensation (em inglês), que atrela a remuneração da gestora ao impacto socioambiental produzido pelas iniciativas apoiadas.

O fundo está alinhado às diretrizes do Plano Estratégico 2050 e do Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras, que preveem ações voltadas à conservação e restauração ambiental no país. O movimento ocorre em um momento de crescimento do mercado de bioeconomia, com empresas e investidores buscando soluções sustentáveis e mecanismos financeiros voltados à economia verde.

Segundo José Pugas, diretor de Sustentabilidade da Régia Capital, a mobilização de capital para bioeconomia exige inovação dos gestores e colaboração entre o setor financeiro, a economia real e comunidades envolvidas. Ele destaca que a iniciativa reflete a busca por soluções financeiras para impulsionar o setor e o desenvolvimento de novos modelos de negócios sustentáveis no Brasil.

Startups para inovação em transição energética

A Petrobras e o BNDES iniciaram, no início do ano passado, estudos para criar um fundo de Corporate Venture Capital (CVC) voltado ao apoio de micro, pequenas e médias empresas de tecnologia e inovação na área de transição energética. O fundo buscará investir em startups com potencial de crescimento em setores estratégicos ligados a energias renováveis e descarbonização.

O estudo inicial analisará os segmentos mais promissores, alinhados às estratégias de longo prazo das duas entidades. A iniciativa faz parte de um acordo de cooperação técnica firmado em julho de 2023, com vigência de quatro anos, que abrange pesquisa científica, desenvolvimento produtivo e governança no setor de óleo e gás.

O fundo será estruturado conforme as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e terá gestão independente, definida via edital público.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias