Margem equatorial

Petrobras inicia obra exigida pelo Ibama para licença na Bacia da Foz do Amazonas

Centro de despetrolização faz parte das exigências do Ibama para aprovação da proposta do Plano de Proteção à Fauna

Biodiversidade costeira que pode ser impactada pela exploração de petróleo na Foz do Amazonas, no Amapá (Foto Divulgação Parque Nacional do Cabo Orange)
Biodiversidade costeira que pode ser impactada pela exploração na Foz do Amazonas, no Amapá | Foto Divulgação Parque Nacional do Cabo Orange

LYON – A Petrobras informou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nesta quarta-feira (22/01), que recebeu as licenças prévia e de instalação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá (Sema-AP) para a a Unidade de Estabilização e Despetrolização em Oiapoque (UED-OIA).

A empresa também informou ao órgão ambiental que iniciou as obras do empreendimento em dezembro de 2024.

A construção da UED é uma das exigências do órgão ambiental para a aprovação do Plano de Proteção à Fauna (PPAF) e da licença ambiental para a perfuração na bacia da Foz do Amazonas

Outras exigências do Ibama incluíram a capacitação das equipes para atuar no Centro de Reabilitação de Fauna; a conclusão das adequações do espaço físico do Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) de Belém (PA); e a habilitação da instalação como centro de manejo de fauna silvestre.

A petroleira tem enfrentado dificuldade para conseguir a licença e já fez cinco revisões do PPAF. Em maio de 2023, o Ibama negou a licença e a Petrobras recorreu, apresentando os novos planos.

A Margem Equatorial é a principal aposta para substituir as reservas do pré-sal.

Segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o volume de óleo in place na bacia da Foz do Amazonas é de 23,1 bilhões de barris de petróleo, dos quais 10 bilhões de barris são recuperáveis. A EPE estima, de forma conservadora, que o pico de produção de 303 mil barris/dia será atingido após 14 anos do início da produção.

Ao todo, o plano de negócios 2025-2029 da Petrobras prevê US$ 3 bilhões em investimentos em exploração na Margem Equatorial, com a perfuração de 15 poços.

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