Fórum Econômico Mundial

Em Davos, Guterres diz que crise climática e IA são ameaças que exigem mais atenção

Secretário-geral da ONU afirmou que a dependência por combustíveis fósseis é "um monstro que não poupa ninguém"

António Guterres, secretário-geral da ONU, discursa sobre a crise humanitária na Síria durante o Fórum Econômico Mundial 2014, em Davos, Suíça (Foto Moritz Hager/WEF)
António Guterres, secretário-geral da ONU, discursa durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça | Foto Moritz Hager/WEF

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que atualmente a crise climática e a expansão descontrolada da inteligência artificial (IA) são as novas ameaças que exigem “muito mais atenção e ação globais”, considerando a ameaça de “desestabilizar a vida”.

Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira (22/1), ele nomeou as mudanças climáticas como “caos”, destacou os impactos na economia e infraestrutura, e afirmou que a dependência por combustíveis fósseis é “um monstro que não poupa ninguém”.

“Energia fornecida por renováveis é uma oportunidade econômica extraordinária e beneficiará pessoas em todos os países”, defendeu Guterres.

Ele disse que instituições que estão retrocedendo em compromissos climáticos estão adotando uma posição egoísta e estão “do lado errado da história”.

Na segunda-feira (20), a Casa Branca informou que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá retirar o país do acordo climático de Paris.

Sobre a IA, o representante disse que a tecnologia pode perturbar economias e mercados de trabalho, minar a confiança em instituições, além de aprofundar as desigualdades ao excluir aqueles sem os recursos.

“Estamos trabalhando com governos, indústria e sociedade civil para garantir que a IA se torne uma ferramenta de oportunidade, inclusão e progresso para todas as pessoas”, pontuou.

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