A ANP e a Petroleum Safety Authority of the Kingdom of Norway (PSA-Norway), órgão regulador do setor de óleo e gás da Noruega, assinaram memorando de cooperação para intensificar a troca de experiências em segurança operacional. O acordo, negociado desde 2018, envolve diálogos sobre extensão de vida útil e descomissionamento e transferência de operações.
No escopo do acordo também estão a aprovação de projetos de perfuração na fase de exploração; interações com outros órgãos reguladores, como órgãos ambientais; segurança cibernética; indicadores de desempenho de segurança.
De acordo com a ANP, o acordo de cooperação vai intensificar “o compartilhamento de experiências sobre práticas de supervisão que garantam atividades seguras de exploração e desenvolvimento de recursos petrolíferos marítimos”.
A parceria prevê um plano de trabalho comum aos dois lados envolvendo aspectos regulatórios, técnicos e administrativos.
[sc name=”adrotate” ]
Extensão de vida útil
A ANP vem concedendo extensão de prazo para a vida útil de diversos campos no país, incluindo ativos que estão sendo adquiridos no desinvestimento da Petrobras. Em junho, a diretoria da ANP aprovou a prorrogação dos contratos de concessão da Trident Energy, comprados da Petrobras na Bacia de Campos – Pampo, Badejo, Linguado e Trilha (Polo Pampo) e Bicudo, Marimbá, Piraúna, Bonito, Enchova e Enchova Oeste (Polo Enchova).
Em agosto aprovou a prorrogação do contrato de concessão de Maromba, comprado pela BW Energy (BW Offshore). O contrato será prorrogado por 27 anos até 2060. Para a primeira fase de desenvolvimento, entre 2021 e 2026, estão previstos seis poços de produção horizontais e dois poços injetores de água. Maromba é um campo do pós-sal da Bacia de Campos. O fator de recuperação é estimado em 25%.
O plano apresentado pela BW tem investimentos estimados em US$ 716 milhões, com primeiro óleo previsto para maio de 2022, de acordo com informações da ANP.
A BW Energy pretende instalar o FPSO Berge Helene, com 40 mil barris/dia de capacidade de processamento de óleo e 268 mil m³/dia de gás natural. A unidade é da própria BW, que atua no afretamento e operação de plataformas.
Em outubro do ano passado aprovou a prorrogação do contrato de concessão do campo de Roncador, em águas profundas da parte capixaba da Bacia de Campos, por mais 27 anos. Campo da Rodada Zero, a área também teve seu um plano de desenvolvimento aprovado pela agência.
Roncador foi declarado comercial em 1998 e entrou em operação em 1999. Tem atualmente quatro plataformas em operação: P-52, P-54, P-55 e P-62.
Descomissionamento
O Brasil possui atualmente 64 plataformas com mais de 25 anos, sendo 19 delas instaladas na Bacia de Campos. Dez dessas unidades são fixas, sendo três plataformas com base de concreto instaladas no Nordeste do país.
Estão em análise na agência o descomissionamento de cinco plataformas, sendo três unidades semissubmerssíveis (P-07, P-12, P-15 e P-33) e a plataforma fixa PARB-3, instalada no campo de Arabaiana, no offshore da Bacia Potiguar.
[sc name=”newsletter” ]