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Setor espera judicialização após sanção da reforma tributária com benefícios à Refinaria de Manaus

Lula manteve decisão do Congresso de incluir a Ream nas desonerações da Zona Franca de Manaus

Refinaria da Amazônia (Ream), único ativo de refino da região Norte do país
Refinaria da Amazônia (Ream), único ativo de refino da região Norte do país | Divulgação

NESTA EDIÇÃO.

Lula sanciona reforma tributária.
 
Preço do barril de petróleo recua após cessar-fogo no Oriente Médio. 
 
Tarifas de gás em queda no Rio. 
 
Setor prevê desaceleração dos investimentos em geração solar no Brasil em 2025.
 
Câmara debate mudanças no Código de Mineração.


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A sanção do projeto de lei da reforma tributária pelo presidente Lula na quinta-feira (16/1) com a previsão de benefícios à Refinaria de Manaus pode gerar uma judicialização no setor. 
 
O presidente sancionou o projeto com vetos, com poucas alterações em relação ao setor que foi acordado no Congresso para o setor de energia.  

O principal ponto que pode levar as discussões ao Judiciário foi a sanção da emenda que previa a extensão dos benefícios da Zona Franca de Manaus à refinaria do grupo Atem, mantida na versão final do texto.

  • Diversas entidades setoriais — incluindo IBP, Abicom e FUP — se posicionaram contra o benefício, devido às potenciais distorções concorrenciais.
  • A Refina Brasil nega os impactos, dada a previsão de consumo na própria região da produção que será beneficiada. 
  • Cálculos do Comsefaz estimam que a emenda levará a uma perda de arrecadação de R$ 3,5 bilhões

 Dado o impacto, há no mercado a expectativa de que a própria Advocacia Geral da União poderia levar o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF)

O IBP indicou que apoia o retorno do tema ao STF

  • A extensão dos benefícios da Zona Franca ao setor de óleo e gás já foi alvo de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 7239, movida pelo Partido Popular Socialista (PPS), atual Cidadania.
  • Na época, o STF reconheceu que as isenções nunca contemplaram operações envolvendo petróleo, lubrificantes e combustíveis desde a origem.


Preço do barril. Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda na quinta, em meio ao alívio das tensões no Oriente Médio mesmo que as preocupações com o aumento das sanções dos EUA ao petróleo russo sigam presentes.

  • O petróleo WTI para março fechou em queda de 1,09%, a US$ 77,85 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 0,90%, a US$ 81,29 o barril. (Agência Estado

Mercado cativo de gás. As tarifas vão cair até 4% no Rio de Janeiro a partir de fevereiro. É o primeiro ajuste desde que as distribuidoras CEG e CEG Rio aderiram ao prêmio de incentivo à demanda previsto na nova política de preços da Petrobras – que, na prática, significou uma redução dos custos de aquisição de gás pelas concessionárias.

Mercado livre de gás. A indústria ceramista ultrapassou, este mês, a marca de 2 milhões de m³/dia no ambiente livre. O setor começou a testar a modalidade em 2024 e decidiu ampliar sua presença no ambiente livre. Desde o ano passado, mais que triplicou o volume contratado fora do ambiente cativo.

Queda nos investimentos em solar. Setor atraiu R$ 54,9 bilhões em 2024, crescimento da ordem de 30% em relação a 2023, segundo dados da Absolar. Para 2025, no entanto, a entidade projeta aportes de R$ 39,4 bilhões na fonte. 

  • Entre os motivos da queda estão o corte de geração das energias renováveis, conhecido como curtailment, e o aumento nas alíquotas de importação de painéis solares

Nuclear em alta. O ano de 2025 deve marcar o recorde de produção de energia elétrica em reatores nucleares ao redor do mundo, afirma a Agência Internacional de Energia, em relatório. Esse cenário, dizem, está sendo impulsionado por preocupações ao redor do mundo com a segurança energética, fortalecimento do apoio político, avanços tecnológicos e as necessidades crescentes de fontes de energia baixa com emissão.

  • O investimento em energia nuclear no mundo atingiu US$ 65 bilhões em 2023, o que é quase o dobro do nível de uma década atrás. (Agência Estado)

Fonte. O MME publicou o edital para a seleção de representantes da sociedade civil que integrarão o plenário do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte) no biênio 2025-2026. O fórum é parte da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) e funciona como um órgão consultivo permanente. O objetivo é ampliar o diálogo sobre a transição energética, envolvendo participantes de diferentes setores. 
 
Pesquisa mineral. Um projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados altera o Código de Mineração para simplificar o processo de pesquisa. O PL 2330/24 desobriga as empresas de apresentarem o relatório com a viabilidade econômica de jazida. A autorização visa definir a existência da jazida, avaliar o potencial e determinar se a exploração é economicamente viável.

Opinião: As mudanças na matriz elétrica requerem uma alocação mais inteligente dos encargos, escrevem os diretores do Instituto Acende Brasil, Richard Hochstetler e Eduardo Müller Monteiro.

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