Expansão da geração

Geração distribuída cresce 33,1% em 2024, com adição de 8,8 GW

Brasil alcançou 35.420 MW de capacidade de geração distribuída ao fim do ano, sendo a maior parte da fonte solar em imóveis residenciais

Debate da geração própria de energia segue no novo governo. Na imagem: Painéis fotovoltaicos sobre o telhado do Ministério da Defesa, em Brasília (Foto: Alexandre Manfrim e Antônio Oliveira/Ministério da Defesa)
Painéis fotovoltaicos sobre o telhado do Ministério da Defesa, em Brasília (Foto: Alexandre Manfrim e Antônio Oliveira/Ministério da Defesa)

BRASÍLIA – O Brasil expandiu em 8.808 megawatts (MW) a potência da micro e minigeração distribuída (MMGD) em 2024, um aumento de 33,1% em relação à potência instalada ao fim do ano anterior. A fonte solar com placas instaladas nos telhados das residências seguem dominando a capacidade instalada. No total, as distribuidoras autorizaram 779 mil conexões em todo o país no ano.

A capacidade total instalada da MMGD no país alcançou 35.420 MW ao fim de dezembro. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O crescimento do ano passado superou 2023 em 4,88%, quando foram instalados 8.398 MW em todo o Brasil.

Das novas instalações, o domínio foi da fonte solar, com 99,86% da potência vindo da energia fotovoltaica. Também participaram da expansão bagaço de cana, biogás, lenha e eólica.

A geração na própria unidade consumidora respondeu por 6.779 MW, seguida pelo autoconsumo remoto (1.700 MW) e pela geração compartilhada (321 MW).

Da capacidade agregada em 2024, 4.769 MW foram instalados em residências. A classe comercial teve um incremento de 2.360 MW. Na zona rural, foram implantados 967 MW. As indústrias responderam por 584 MW.

Os serviços públicos também contribuíram com a expansão da geração distribuída. Órgãos públicos tiveram um aumento de 106 MW, enquanto serviços públicos agregaram 12 MW e a iluminação pública teve mais 5 MW.

São Paulo continua líder no ranking dos estados

O estado de São Paulo liderou com folga o crescimento da geração distribuída em 2024, com 1.533 MW de capacidade extra.

Em seguida, aparecem Minas Gerais (820 MW) e Mato Grosso (736 MW). Os estados do Paraná (728 MW) e de Goiás (635 MW) fecham o “top 5”.

São Paulo e Minas Gerais também haviam respondido pela maior expansão entre os estados em 2023.

A expansão nas cidades brasileiras teve a liderança de Cuiabá (MT), com novos 121 MW de potência. Campo Grande (MS) agregou 101 MW e aparece na segunda colocação, seguida pela cidades de Goiânia (GO), com 82 MW, e Teresina (PI), com 80 MW.

Em 2023, as maiores taxas de crescimento haviam sido registradas em Brasília (144 MW), Cuiabá (83 MW), Campo Grande (73 MW) e Fortaleza (69 MW).

Com isso, São Paulo continua líder em termos de capacidade instalada de GD, com 5.100 MW de potência ao todo. Minas Gerais tem a segunda maior potência, totalizando 4.506 MW, seguido por Rio Grande do Sul (3.190 MW), Paraná (3.182 MW) e Mato Grosso (2.312 MW).

Entre as cidades, a liderança é de Brasília, com 467 MW de capacidade instalada, seguida por Cuiabá (367 MW) e Campo Grande (339 MW). Teresina possui uma potência de 298 MW e o Rio de Janeiro concentra 285 MW.

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