BRASÍLIA – A garantia de economia em relação aos preços praticados pelas distribuidoras é relevante para os consumidores do mercado livre, concluiu um levantamento da Armor Energia. Devido à abertura recente do mercado e ao baixo conhecimento dos clientes de pequeno porte, a tendência é pela preferência de contratos com garantia de desconto.
Segundo a Armor Energia, a preferência dos consumidores é por preços mais baixos do que no ambiente cativo.
“O cliente pode optar por um desconto garantido em relação ao seu custo atual com a distribuidora. Tal modelo oferece menos previsibilidade, pois depende do reajuste da concessionária para determinar a tarifa elétrica base, mas dá ao consumidor uma confiança que está tomando uma decisão que vai gerar benefícios para sua empresa”, afirma o diretor administrativo da Armor, Fred Menezes.
Com a abertura recente do mercado livre para pequenas e médias empresas em janeiro de 2024, a migração ainda é um terreno desconhecido para muitos empresários.
Pela falta de conhecimento de parte dos consumidores, as comercializadoras investem em uma prospecção ativa de clientes. O trabalho passa também por informar o potencial contratante em relação às vantagens do ambiente de contratação livre (ACL).
“O perfil de cliente varejista geralmente ainda é pouco instruído em relação ao setor. Por isso, existe um trabalho de educar o cliente antes de convencê-lo a migrar para o mercado livre. Apesar de serem oferecidos claros benefícios ao consumidor, é necessário primeiro deixá-lo confortável com o produto a ponto de ele ter confiança que está tomando a decisão certa”, diz Menezes.
É possível negociar os preços de forma mensal ou anual. Em períodos de estiagem, contratos de algumas comercializadoras podem sofrer aumentos, devido ao risco de escassez hídrica.
A Armor trabalha com preços tabelados e adota como referência os descontos sobre a bandeira verde, sem repassar o custo de alteração da bandeira tarifária, que é acrescida às tarifas das distribuidoras quando há menor geração hidrelétrica.
Assim, a comercializadora afirma ser possível oferecer um desconto que varia entre 20% e 40%, em um prazo de até cinco anos, dependendo do perfil de consumo do cliente.
Um levantamento da Associação Brasileira de Comercializadoras de Energia (Abraceel) apontou que, quando comparados às tarifas do ambiente cativo, os preços praticados no mercado livre são até 49% mais baixos no Brasil.
A adesão ao mercado livre está em alta. O número de unidades consumidoras que migraram de janeiro a outubro de 2024 chegou a 20.973. Os setores de serviços e comércio se destacaram entre os segmentos com mais migrações.
A marca é três vezes maior do que o registrado em todo o ano de 2023, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).