Golar oferece R$ 130 milhões pelo arrendamento do Terminal de GNL da Bahia

A Golar Power informou que ofereceu R$ 130 milhões pelo arrendamento do Terminal de GNL  da Petrobras na Bahia, até 31 de dezembro de 2023. A empresa “refutou” a decisão da estatal que a desclassificou da concorrência por conta de alto Grau de Risco de Integridade (GRI).

A decisão foi tomada depois que o presidente licenciado da empresa no Brasil, Eduardo Antonello, virou alvo da operação Lava Jato por conta de sua atuação na Seadrill, empresa que afreta sondas para perfuração em águas profundas para a Petrobras.

“A Golar Power não é objeto de nenhuma investigação ou inquérito criminal e esclarece que não possui nenhuma relação, participação ou envolvimento nas alegações públicas divulgadas pela mídia sobre as supostas irregularidades cometidas por executivo que não mais exerce função na empresa, conforme divulgação feita ao mercado. Em que pese a nota divulgada no dia 28-09-2020, a Petrobras erra ao relacionar o grupo Golar Power à investigação, o que causou e vem causando danos ao grupo Golar Power”, afirmou a empresa em nota.

Eduardo Antonello se afastou do cargo para cuidar da defesa, mas a medida não foi suficiente para que a análise de risco da Petrobras.

Única proposta 

A Golar apresentou a única proposta válida na concorrência e informou na útima sexta (2/10) que mantém seu compromisso com o investimento proposto, fundamental para o desenvolvimento do Novo Mercado de Gás. Acredita no GNL como alternativa de gás natural mais barata para os consumidores brasileiros.

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TR-BA tem capacidade para 20 milhões de m³/dia

Iniciado em dezembro de 2019, o arrendamento do Terminal de GNL da Bahia faz parte do acordo firmado com o Cade (o TCC) que prevê a saída da Petrobras de diversos elos do mercado de gás, como transporte e distribuição.

O Terminal da Bahia (TR-BA) pode regaseificar até 20 milhões de m³/dia de GNL. Consiste em um píer tipo ilha equipado para a atracação de um FRSU (Floating Storage and Regasification Unit), que é a unidade flutuante de regaseificação, e um navio supridor do qual é feita a transferência do GNL –  o FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA e uma unidade precisará ser afretada pelo novo operador.

O gasoduto integrante do terminal possui 45 km de extensão, o, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega: a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde (ERP SFC) e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé (ECV SSP).

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