A Total anunciou nesta segunda-feira (28) que chegou acordo para transferir para a Petrobras sua participação de 40% nos blocos exploratórios FZA-M-57, FZA-M-86, FZAM-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, em águas profundas da Bacia da Foz do Amazonas. A empresa está deixando os projetos depois de sete anos sem conseguir a emissão das licenças ambientais para campanhas de perfuração na região.
Com a decisão, a Petrobras passa a ter 70% dos projetos exploratórios e a BP, os demais 30% de participação. A decisão ainda precisa de aprovação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Cade.
“A Total anuncia que chegou a um acordo em 24 de setembro de 2020 para transferir para a Petrobras sua participação acionária em cinco blocos exploratórios na Bacia da Foz do Amazonas, localizada a 120 quilômetros da costa brasileira”, diz comunicado publicado pela empresa.
No começo do mês, a empresa já havia anunciado a renúncia da operação dos ativos. O anúncio foi feito dias após a empresa reiniciar o licenciamento ambiental dos projetos no Ibama.
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Em abril do ano passado, o órgão ambiental indeferiu o pedido de reconsideração para desarquivamento do primeiro processo de licenciamento.
Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama.
Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o Greenpeace, devido à descoberta de uma área, de ao menos 9,5 km², dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas.
A ONG realiza uma campanha de mobilização contra a exploração de petróleo na região intitulada Defenda os Corais da Amazônia.
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