RIO – A ampliação do portfólio de produtos oferecido aos clientes do mercado livre, com novos modelos de contratação da energia elétrica, traz mais flexibilidade ao mercado e permite ao consumidor ter maior controle sobre os seus gastos de energia, na visão dos executivos da CPFL Energia.
No mercado livre, o consumidor pode negociar diretamente com uma comercializadora ou com o gerador a energia que consome. Hoje, essa opção está disponível no Brasil para todos os clientes de alta tensão.
As comercializadoras têm buscado novas formas de negociar energia, de modo a lidar com a maior competitividade no segmento e atender as necessidades de diferentes perfis de clientes.
No caso da CPFL, até então, a principal opção oferecida era o contrato de economia garantida, que prevê um desconto fixo mensal, independentemente das variações no mercado. A maior vantagem desse modelo é a previsibilidade, por isso, é um dos mais comuns para clientes que estão entrando no mercado livre.
Recentemente, a companhia lançou novas modalidades de contratação que permitem aos clientes ajustar o nível de economia e de exposição ao risco conforme as necessidades.
Passou a oferecer também um modelo pós-fixado, no qual os encargos do mercado de energia são cobrados à parte. Há ainda a opção “flex fit”, na qual os encargos são cobertos pela própria empresa e o contratante pode variar até 30% do consumo acordado, e o “flex ilimitada”, que permite uma variação ainda maior no consumo.
Segundo o gerente de Marketing e Inteligência Mercado, Gustavo Machado, a ideia é ter perfis de produtos que atendam desde os perfis mais conservadores, que buscam segurança, até os que buscam maior exposição ao mercado, com o potencial de obter benefícios econômicos.
“Nossa estratégia inclui oferecer soluções completas – desde a migração até consultoria personalizada –, permitindo configurações flexíveis que atendam às necessidades específicas de cada cliente ao longo do tempo”, diz o executivo.
De acordo com o presidente de Comercialização de Energia da CPFL Soluções, Ricardo Motoyama, a companhia vai auxiliar os clientes na escolha do produto mais adequado para cada perfil.
“Com a ampliação do portfólio, parte importante do trabalho será justamente avaliar todas as possibilidades para que o empresário possa tomar a decisão do que é melhor para o seu negócio. Por exemplo, os contratos com preço fixo são uma ótima opção para proteger-se de aumentos nos preços da energia. Porém, ela pode ser mais cara do que o preço flutuante, que varia de acordo com a tarifa da energia”, afirma.
A companhia tem uma assessoria especializada para apoiar empresas na migração ao mercado livre, com soluções de planejamento energético, suporte técnico e um simulador online para estimar economias. O cálculo está disponível para empresas com contas acima de R$ 5 mil.
Além disso, para as empresas que já são clientes da comercializadora, a empresa lançou há cerca de um ano um e-commerce que permite a contratação de energia de curto prazo de forma digital, além de oferecer outros produtos, como créditos de carbono.
Além da comercialização de energia, o grupo CPFL atua também na geração, com 4,4 gigawatts (GW) de capacidade instalada das fontes hidrelétrica, solar, eólica e biomassa, e na transmissão, com mais de 6 mil quilômetros de linhas.
A empresa atua ainda na distribuição de energia nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Em meio a reclamações de problemas de concorrência no setor, Machado garante que a empresa mantém a separação entre os negócios.
“Com governança rigorosa, garantimos a separação entre distribuidoras e o atendimento ao mercado livre, promovendo isonomia e conformidade regulatória”, diz.