A comissão especial da Alerj que analisa o processo contra o governador Wilson Witzel (PSC) autorizou nesta quinta (17) o prosseguimento do impeachment, com a aprovação, por unanimidade, do relatório do deputado Rodrigo Bacellar (Solidariedade). Próximo passo é a votação do afastamento de Witzel, pelo plenário da Casa, prevista para a próxima semana, mas o governador já está impedido de exercer o cargo por decisão do STJ.
Em junho, a Alerj acolheu o pedido contra Witzel com 69 votos a favor e apenas uma abstenção. O novo afastamento e posterior julgamento, que pode levar ao impeachment definitivo do governador precisa ser aprovado no plenário por 2/3 dos deputados, o equivalente a 47 dos 71 deputados. Caso os deputados aprovem o afastamento, a denúncia será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) que será responsável pela formação de um tribunal misto, composto por cinco deputados e cinco desembargadores. Será esse grupo que realizará a votação final do processo.
A sessão de hoje da comissão especial contou com voto favorável até do deputado Léo Vieira, do PSC de Witzel, que ocupou o posto de vice-líder do governo na Alerj.
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Luiz Paulo Corrêa (PSDB), autor do pedido de impeachment, defendeu que é preciso “para dar fim à plutocracia corrupta que governa o estado”. O pedido foi protocolado em maio, depois que Witzel foi alvo da Operação Placebo, que investigava desvios na utilização de recursos da Saúde.
Em agosto, Witzel foi afastado do posto de governador por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após ser alvo de uma segunda Operação Tris In Idem, que mira também desvios em recursos da saúde. A operação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cláudio Castro (PSC) é o atual governador interino do Rio. Ele também é investigado em operações conexas, envolvendo suspeitas de negociatas com Pastor Everaldo, presidente nacional do PSC.
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