RIO — A mineradora australiana Lightning Minerals Limited firmou, na última sexta (25/10), um memorando de entendimento (MoU) com o governo de Minas Gerais para investir R$ 20 milhões na exploração de lítio na região de Salinas, no Vale do Jequitinhonha, conhecida como Vale do Lítio.
De acordo com o MoU, a empresa se compromete a utilizar serviços e fornecedores locais para fomentar a economia regional, na primeira fase dos seus projetos Caraíbas, Canabrava e Esperança.
“A assinatura deste MoU com o Governo de Minas Gerais é uma prova clara do apoio que recebemos para nossas atividades extrativas na região do Vale do Lítio. Estamos comprometidos em desenvolver uma relação sólida com o governo e as comunidades locais, acreditando no potencial de Minas Gerais como líder global no setor de lítio”, garante o CEO da Lightning Minerals, Alex Biggs.
Além de seus ativos no Brasil, a empresa possui projetos na Austrália e no Canadá.
O projeto da companhia vem na esteira de outras iniciativas nos últimos anos, que colocaram o O Brasil no mapa mundial de mineração de lítio, entre eles os projetos da Latin Resources, Atlas Lithium e Sigma Lithium – sendo este último o mais avançado e de maior escala no Brasil.
“Esta parceria reforça nosso esforço para posicionar Minas Gerais como líder na cadeia global de fornecimento de lítio e materiais para baterias, promovendo crescimento econômico local e o desenvolvimento sustentável”, afirmou o diretor presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.
O lítio é considerado essencial para a transição energética, uma vez que é matéria-prima de baterias para veículos elétricos e para a cadeia de geração de energias renováveis. O mineral deve ver sua demanda crescer 40 vezes nas próximas duas décadas.
Projeto da Atlas Lithium avança
Também na sexta, a Atlas Lithium recebeu do governo de Minas Gerais a licença operacional para montar e operar sua planta de processamento de lítio e desenvolver operações de mineração a céu aberto em um de seus depósitos minerais, no Vale do Lítio.
A licença foi formalmente publicada no diário oficial do governo estadual no sábado (26/10).
Segundo Marc Fogassa, CEO da companhia, a licença era considerada o maior risco para o projeto de mineração.
“A licença reflete quatorze meses de trabalho meticuloso da nossa equipe durante todo o processo de licenciamento (…) Este marco marca um passo fundamental para nos tornarmos um produtor de lítio e avança a Atlas Lithium para a próxima fase da nossa trajetória de crescimento”, disse o CEO.