BELO HORIZONTE – A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta de nova previsão de chuvas e ventos, que podem ultrapassar 70 km/h, nesta quinta (24) e sexta-feira (25/10), no estado de São Paulo. O órgão montou um gabinete de crise para operar nos dois dias.
Já a Enel São Paulo mobilizou 2.500 profissionais de campo para atender problemas no fornecimento de energia elétrica nos 24 municípios onde atua no estado, todos da Grande São Paulo, incluindo a capital paulista.
A distribuidora duplicou também a capacidade dos canais de atendimento e disponibilizou 500 geradores para serviços essenciais.
Nesta quarta-feira (23/10), mais de 70 mil unidades consumidoras ficaram sem energia na Grande São Paulo, devido a um temporal que causou queda de árvores e alagamentos. Até o final da tarde desta quinta-feira (24/10), mais de 47 mil unidades continuavam sem energia, segundo a Enel.
O novo risco ao fornecimento de energia elétrica em São Paulo ocorre em meio às discussões envolvendo o Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a caducidade do contrato da Enel São Paulo.
No domingo (20/10), o ministro do MME, Alexandre Silveira (PSD), enviou ofício à Aneel reforçando a necessidade de abertura de processo para decretar caducidade do contrato. O diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, respondeu que já iniciou o processo, o qual tramita em sigilo, e que considera a caducidade uma medida “extrema” a qual deve ser aplicada após outras medidas falharem.
No dia 11 de outubro, chuvas acompanhadas de ventos de mais de 100 km/h atingiram a Grande São Paulo e deixaram 2,1 milhões de consumidores sem energia na área de concessão da empresa. No início do ano, a Enel foi multada pela interrupção do serviço na região. A distribuidora recorreu na Justiça e ainda não fez nenhum pagamento.