BRASÍLIA – O tempo de retorno do investimento de sistemas de energia solar diminuiu por conta do acionamento da bandeira tarifária vermelha, definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo dados da Solfácil, a redução de prazo foi de até três meses.
A análise da empresa considerou uma fatura de energia elétrica de R$ 300. Na Paraíba, a bandeira verde demandaria 2 anos e 9 meses anos para oferecer retorno do investimento, mas, com bandeira vermelha, esse tempo diminuiu para 2 anos e 6 meses.
Já em Roraima, o payback viria com 2 anos e 11 meses de bandeira verde. Mas com a conta de luz mais cara, o tempo agora é de 2 anos e 8 meses.
Houve reduções de dois meses também nos estados do Acre, Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Ceará, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás e Pernambuco.
O CEO da Solfácil, Fabio Carrara, defende que o investimento em painéis fotovoltaicos pode gerar mais estabilidade para os consumidores.
“A energia solar é o caminho mais eficiente para escapar da volatilidade das tarifas elétricas e garantir previsibilidade nos custos de energia. O consumidor que investe hoje está protegido contra essas oscilações e pode gerar sua própria energia por pelo menos 25 anos, com uma economia significativa”, afirma.
As bandeiras tarifárias cobradas nas tarifas de energia sinalizam aos consumidores o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Após 27 meses de bandeira verde, a Aneel precisou acionar o patamar amarelo em julho. O cenário melhorou em agosto e, por isso, houve uma volta ao verde.
Com o agravamento da seca, a situação dos reservatórios piorou e foi necessário ir para o vermelho nos meses de setembro e outubro. A perspectiva é que a bandeira permaneça nesse nível nos próximos meses.