Eólica offshore

Eletrobras e Ocean Winds firmam parceria em eólica offshore

Eletrobras firmou primeiro Memorando de Entendimento para avaliar oportunidades de negócios na geração de energia no mar

Ocean Winds e Eletrobras unem forças para estudar o desenvolvimento de projetos em energia eólica offshore no Brasil
Leonardo Soares Walter, diretor de M&A da Eletrobras, e Rafael Munilla, chief Business Development Officer da Ocean Winds | Foto: Divulgação

BRASÍLIA — A Eletrobras e a Ocean Winds (OW) assinaram nesta terça (22/10) um memorando de entendimento (MoU) para avaliação de oportunidades de negócios em projetos de eólica offshore no Brasil.

É o primeiro MoU da Eletrobras neste segmento. Em dezembro de 2022, a brasileira chegou a firmar uma cooperação técnica com Shell para troca de informações para possível coinvestimento e operação de eólicas offshore com a petroleira.

Já a OW, uma joint-venture 50-50 formada pela EDP Renováveis e ENGIE em 2020, dedicada a eólica offshore, tem 15 GW de projetos com pedidos de licenciamento no Ibama, em águas do Rio de Janeiro, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Segundo as empresas, a aliança combina a experiência da Ocean Winds em projetos de eólica offshore – desde a origem até a operação – com a expertise da Eletrobras, a maior empresa do setor elétrico da América Latina.

“A Eletrobras tem como objetivo alocar adequadamente seu capital através de desenvolvimento de projetos de energia limpa, contribuindo para a transição energética no Brasil e no mundo. Hoje, 97% da energia gerada pela companhia já vem de fontes limpas e renováveis, e alcançaremos rapidamente 100%, através da venda das térmicas em curso”, diz Leonardo Soares Walter, diretor de M&A e Desenvolvimento de Negócios da Eletrobras.

O executivo avalia que o acordo com a Ocean Winds permite o desenvolvimento de uma cooperação estratégica para expansão de fontes renováveis no país.

No mundo, a OW tem um portfólio de 18,5 GW em eólicas instaladas no mar em oito países. O grupo enxerga no Brasil um potencial para atender à crescente demanda por energia renovável no longo prazo.

Até abril de 2024, o Brasil contava com pouco mais de 234 GW distribuídos em quase 100 parques eólicos offshore com pedidos de licenciamento no Ibama. Quase metade deles com sobreposição a algum outro na costa brasileira.

Esses projetos dependem de uma série de definições legais para se concretizarem e a longa espera por um marco regulatório já começa a desmotivar investidores – inclusive de outras indústrias correlacionadas.

Aprovado pela Câmara no final de 2023, o PL 576/2021, o marco das eólicas offshore, recebeu uma série de emendas que beneficiam a geração térmica a gás natural e carvão – a mais poluente das fontes fósseis — e agora aguada uma decisão do Senado.

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