A Ipiranga pretende entrar no mercado de óleo diesel marítimo no Norte do país para atender ao crescimento do agronegócio na região.
As vendas do óleo diesel marítimo da empresa hoje estão concentradas sobretudo no Rio de Janeiro, com o atendimento às embarcações que atuam na exploração e produção de petróleo e gás na costa fluminense. O fornecimento ocorre enquanto as embarcações estão na água, de modo a ampliar a agilidade na operação.
Com capacidade de atender 18 mil m³ por mês, a companhia já realiza o abastecimento em águas também nos Portos de Paranaguá (PR), Itajaí (SC), Belém (PA), Itaituba (PA), Santarém (PA) e Manaus (AM).
Foco nas vendas para o agronegócio
O foco da expansão agora deve ser o Norte, com foco no atendimento às barcaças que transportam commodities agrícolas.
“A concentração de volume de óleo diesel marítimo no Brasil está muito na Baía de Guanabara e depois no Pará, na Amazônia”, diz o vice-presidente da Ipiranga Empresas, José Vianna.
As operações da Ipiranga no segmento completaram um ano este mês. A companhia iniciou a comercialização do óleo diesel marítimo no Rio de Janeiro em outubro de 2023.
Recentemente, a empresa dobrou o potencial de abastecimento na região com a adição à frota de uma barcaça com capacidade de 2.150 m³. A nova fase da operação marítima também permite que mais de um caminhão-tanque abasteça a barcaça simultaneamente, agilizando o processo de carregamento.
Notícias Relacionadas
Combustíveis
Nelson Gomes deixa Cosan e vai assumir presidência da Raízen
Ricardo Mussa vai para a Cosan Investimentos
Combustíveis e Bioenergia
ANP suspende monitoramento da qualidade dos combustíveis em novembro e dezembro
Medida é consequência dos cortes orçamentários; ações de fiscalização do mercado continuam
“As expectativas que nós tínhamos ali estão se confirmando”, diz Vianna.
Empresas de petróleo e gás são as principais consumidoras de óleo diesel marítimo
O executivo explica que os principais clientes na costa fluminense são empresas do setor de petróleo e gás, sobretudo multinacionais, que têm altos padrões de segurança e requisitos de confiabilidade da origem do produto, além de necessidade de rapidez no atendimento.
“Um navio parado custa centenas de milhares de dólares por dia”, aponta.
Segundo Vianna, a companhia vai levar a experiência do mercado fluminense para o Norte, com as adaptações necessárias para as especificidades da região.
“A operação tem as suas características e os clientes têm também outras exigências. A gente está se organizando para atender esse mercado da melhor maneira possível”, afirma.
O mercado de óleo diesel marítimo tem crescido a uma média de 16% ao ano, acima da média de outros combustíveis, diz o executivo. A comercialização e distribuição envolve o transporte por duto, rodoviário e marítimo do combustível.
