Comece seu Dia

São Paulo tem 14 mil imóveis sem energia

Aneel notificou Enel sobre processo que pode levar à recomendação da caducidade do contrato da distribuidora

Avenida Padre Arlindo Vieira no bairro do Jabaquara sem energia elétrica
Avenida Padre Arlindo Vieira no bairro do Jabaquara sem energia elétrica | Paulo Pinto/Agencia Brasil

NESTA EDIÇÃO.

Mesmo sem temporais, São Paulo tem 14 mil consumidores sem luz.
 
Poço da Seacrest tem vazamento de óleo no ES.
 
Cortes orçamentários levam ANP a suspender programa de monitoramento de combustíveis.
 
Bolívia define preço do transporte do gás argentino para o Brasil. 
 
Paten tem proposta para desconcentração da oferta de gás.
 
Projetos de hidrogênio verde são desafio no planejamento da rede elétrica.


EDIÇÃO APRESENTADA POR

A região metropolitana de São Paulo tinha 14 mil unidades consumidoras sem fornecimento de luz na tarde de domingo (20/10), mesmo após um fim de semana sem temporais, segundo informações da distribuidora Enel

 O número é considerado “dentro da normalidade” pela concessionária.
 
Segundo a empresa, alguns clientes tiveram o serviço afetado por efeitos da chuva moderada, como a queda de galhos na rede, e outras situações cotidianas, como as colisões em poste. 
 
A região metropolitana chegou a ter mais de 3 milhões de unidades sem energia depois da tempestade da sexta-feira da semana anterior. A Enel afirma que normalizou o atendimento a todos os clientes afetados por esse temporal até a quinta-feira (17/10). 
 
A Aneel intimou a empresa para iniciar o processo que pode levar à recomendação de caducidade do contrato da distribuidora.
 
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MP-TCU) entrou com uma nova representação na sexta (18/10), com pedido de medida cautelar para obrigar o governo federal a intervir na concessão.

  • O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, responsável pela representação, entende que a medida poderia ocorrer por meio de uma celebração de um convênio entre União, o estado de São Paulo e a prefeitura da capital.

 Em paralelo, o governo federal anunciou uma linha crédito de até R$ 1 bilhão voltada para empresários que tiveram prejuízo com o apagão. 
 
Na última semana da corrida eleitoral pela prefeitura, no entanto, o tema está perdendo destaque nos debates entre os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol). As pesquisas apontam tendência de reeleição de Nunes no próximo domingo. 



Vazamento. Um poço operado pela petroleira norueguesa Seacrest, no campo de Inhambu, em São Mateus (ES), sofreu um vazamento de óleo na quarta (16/10). Segundo a companhia, o problema foi causado por uma perda de vapor e emulsão de óleo em um dos poços recém perfurados. Nenhuma pessoa se feriu.

  • A empresa informou que o plano de resposta a emergências foi ativado e a perda de vapor, controlada.

Cortes suspendem monitoramento. A ANP vai suspender o Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) nos meses de novembro e dezembro. A suspensão faz parte do conjunto de medidas adotadas por causa dos cortes orçamentários das agências reguladoras federais.

Bolívia define preço do transporte do gás argentino. O serviço de trânsito internacional da YPFB, que permitirá o envio de gás natural da Argentina rumo ao Brasil, pela malha de gasodutos da Bolívia, custará entre US$ 1,4 e US$ 2 o milhão de BTU, dependendo do tipo de contrato, segundo fontes ouvidas pela agência eixos

Petrobras contra-ataca. A estatal está respondendo aos concorrentes com a segunda mudança na política de preços do gás em 2024. O movimento deve baixar marginalmente o preço, mas com efeitos sobre a dinâmica do mercado. Leia na gas week

Desconcentração no mercado de gás no Paten. Enquanto isso, o senador Laércio Oliveira (PP/SE) incluiu um capítulo para o fomento à indústria de gás natural no relatório do projeto de lei que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten). 

  • A proposta inclui diretrizes legais para realização de leilões de desconcentração da oferta de gás natural, o chamado gas release, e mira, justamente, a posição dominante da Petrobras nesse mercado. 

Voqen compra biometano. A Voqen, comercializadora de gás e energia da Braskem, lançou uma concorrência para compra de até 1,6 milhão de m³/dia de gás natural e biometano para a partir de 2025. A empresa mira o potencial de crescimento do mercado livre.

Petrobras e Vale. A petroleira e a mineradora formalizaram o acordo para fornecimento de diesel coprocessado com óleo vegetal, batizado pela petroleira de Diesel R, para uso nos veículos da mineradora. O acordo, que prevê a ação conjunta das empresas para avaliação de oportunidades de negócios em baixo carbono, havia sido antecipado pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard. 

Financiamento para investimentos verdes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai anunciar esta semana o lançamento de uma nova plataforma de investimentos verdes, em Washington, nos Estados Unidos, durante a 4ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de outubro.

  • A Plataforma Brasil de Investimento Climático e para a Transformação Ecológica visa conectar investidores privados internacionais a projetos estratégicos de desenvolvimento sustentável.

Hub de hidrogênio em Cubatão. A cidade litorânea de São Paulo pode se tornar o primeiro hub brasileiro de hidrogênio verde fora da região Nordeste. Parceria entre a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) e o Ministério de Minas e Energia (MME) estuda o potencial do município.
 
Desafio no planejamento da rede. Com o avanço dos projetos de hidrogênio verde via eletrólise, que têm uma demanda energética significativa, novos desafios surgem no planejamento das linhas de transmissão e do grid nacional. Leia na coluna da Gabriel Chiappini
 
Opinião: O encontro entre ciências biológicas, ciência da computação e engenharia tem transformado o mundo e criado soluções tecnológicas que geram, por exemplo, alta produtividade no campo, maior controle de pragas, novas vacinas e medicamentos. É a chamada biorrevolução, escreve o vice-presidente de Inovação, Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável da Braskem, Antonio Queiroz