Gás Natural

Petrobras reduz em 1,4% o preço do gás natural a partir de novembro

Segundo diretor-executivo de transição energética, redução reflete as flutuações do preço do petróleo e o câmbio

Diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim (Foto: Victor Curi)
Diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim (Foto: Victor Curi)

A Petrobras vai reduzir em 1,41%, na média, o preço do gás natural a partir de novembro, data do próximo ajuste trimestral da companhia, anunciou nesta segunda (14/10) o diretor de Transição Energética da estatal, Maurício Tolmasquim.

A redução reflete a desvalorização recente do barril tipo Brent e as flutuações do câmbio, em relação ao trimestre anterior.

Desde o início de 2023 o preço da molécula já caiu 17%, destacou Tolmasquim.

Embora as distribuidoras estejam testando novos modelos de indexação nos contratos mais recentes de suprimento, com parte dos volumes vinculados ao Henry Hub, o preço de referência dos Estados Unidos, o Brent ainda é o principal indexador nos contratos da estatal.

Impacto para consumidor varia de estado para estado

O repasse da redução de preços anunciada pela Petrobras, para o consumidor final, vai variar de estado para estado, de acordo com o tipo de contrato em vigor, tributos e com as regulações estaduais que definem as margens e mecanismos de repasse dos custos com aquisição de gás, por exemplo.

Nem sempre os ajustes da petroleira são repassados imediatamente.

Cada segmento de consumo (residencial, GNV, industrial etc.) possui, além disso, tarifas diferentes. No caso do GNV, aliás, cada posto é livre para praticar a sua própria margem – e, por consequência, preço.

E nem todas as distribuidoras, hoje, têm a Petrobras mais como principal supridora – ainda que a companhia se mantenha como agente dominante no mercado.

Fora isso, nem todas as distribuidoras possuem o mesmo modelo de contrato com a Petrobras. São acordos assinados em épocas e com condições diferentes.

Petrobras despacha mais térmicas

Durante conversa com jornalistas, nesta segunda, Tolmasquim afirmou que a Petrobras “foi chamada a despachar 4 GW para termelétricas”. É o maior patamar desde a crise hídrica de 2021.

O diretor voltou a defender a contratação de térmicas existentes cujos contratos venceram ou estão por vencer nos próximos anos.

E disse que a companhia está de olho no leilão de reserva de capacidade.

“Algumas térmicas que estão terminando o contrato de gás. É muito importante para a Petrobras continuar a prover essa capacidade, que é fundamental para a segurança do país e complementação das fontes intermitentes”, reforçou.