O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou ofício ao diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, neste domingo (13/10) pedindo a elaboração de um plano de contingência para o restabelecimento do fornecimento de energia na região metropolitana de São Paulo. Silveira pediu que o plano seja apresentado até as 10h de segunda-feira (14/10).
As ações emergenciais devem ser estabelecidas pela agência junto com a Enel-SP e as equipes técnicas de empresas de distribuição e transmissão de outros estados, que iniciaram uma mobilização para atender à capital paulista.
Segundo o MME, foram convocadas equipes das distribuidoras EDP, CPFL, Neoenergia, Light, Equatorial e Energisa, além de funcionários da área de transmissão da Eletrobras e da Isa Cteep.
Silveira tem intenção de se reunir na manhã de segunda com executivos representantes das empresas mobilizadas.
Ao todo, 2,6 milhões de consumidores ficaram sem energia na região metropolitana de São Paulo desde sexta (11/10), quando fortes chuvas atingiram o estado.
Em nota, a Enel-SP informou que até as 14h30 de domingo 760 mil clientes ainda estavam sem fornecimento de energia elétrica.
Na capital paulista, cerca de 496 mil casas seguem sem energia. Além da capital, há 62 mil clientes sem energia em Cotia, 47 mil unidades sem luz em São Bernardo do Campo e outras 44 mil unidades afetadas em Taboão da Serra.
No sábado (12/10), o MME convocou uma sala de situação para gerenciar a situação no estado de São Paulo, com participação da secretaria executiva do ministério e da secretaria de Energia Elétrica, além de representantes da Enel e da Aneel.
O secretário executivo do ministério, Arthur Valério, enviou ainda um ofício ao diretor-geral da Aneel cobrando informações da agência reguladora sobre as providências adotadas contra a Enel após as falhas de serviço em novembro de 2023, quando São Paulo também sofreu um apagão depois de fortes chuvas.
Em abril deste ano, o MME havia solicitado à Aneel a abertura de um processo administrativo para averiguar as falhas da concessionária naquela ocasião, com a aplicação de eventuais sanções, que poderiam incluir uma possível declaração de caducidade do contrato.
Valério cobrou da agência as respostas da análise solicitada em abril.