Offshore

Cade aprova cessão de blocos em Sergipe-Alagoas para Brava

Operação ainda precisa do aval ANP para que Brava assuma o blocos da Bacia

Investimentos em exploração de petróleo e gás natural começam a se recuperar de mínimos históricos, diz consultoria Wood Mackenzie. Na imagem: West Saturn, navio-sonda da Seadril que ficará responsável pela retomada da campanha de perfuração da ExxonMobil em águas brasileiras (Foto: Divulgação Seadril)
West Saturn, da Seadril, responsável pela retomada da campanha de perfuração da ExxonMobil no Brasil (Foto: Divulgação Seadril)

BELO HORIZONTE – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou na segunda-feira (7/10) a cessão de 50% das ações da ExxonMobil, dos oito blocos da Bacia de Sergipe-Alagoas, para a Brava (junção entre 3R e Enauta). O valor da operação não foi divulgado.

Com a cessão dos outros 20% da Murphy Oil, a Brava passa a ter 100% das ações dos blocos. Anteriormente, ela detinha 30%.

A operação ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os blocos ainda estão em fase de exploração, na qual as empresas podem perfurar até 11 poços, segundo licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) válida até 2027.

A perfuração do primeiro poço no bloco começou em fevereiro de 2022. No mês seguinte, a petroleira informou que um dos poços perfurados em águas profundas não tinha indícios de petróleo ou gás natural.

O presidente-executivo da Murphy, Roger Jenkins, disse, em apresentação aos investidores, que a área tem potencial de recursos brutos entre 500 milhões e 1,050 bilhão de barril equivalente de petróleo (boe).

Na época, a Enauta respondeu que a estimativa “foi elaborada pela Murphy Oil de maneira unilateral anteriormente ao início da perfuração”.