75º leilão de biodiesel movimenta mais de R$ 6 bilhões

75º leilão de biodiesel movimenta mais de R$ 6 bilhões

O 75º Leilão de Biodiesel (L75) terminou negociando 1,19 bilhão de litros de biocombustível, para atender à mistura obrigatória temporária de 10% no óleo diesel, movimentando mais de R$ 6 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda (31), pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Desse volume, 98% do biodiesel foi oriundo de produtores com Selo Combustível Social e os outros 2% (22 mil litros) de outros produtores. O preço médio de negociação foi de R$ 5,043/L, sem considerar a margem do adquirente. Representa um ágio médio de 20,64% frente a a média ponderada dos preços máximos de referência regionais (R$ 4,180/L).

O leilão ficou marcado por uma série de complicações ao longo da sua execução, desde a crise na oferta de óleo de soja no mercado doméstico, passando pela anulação da Etapa 3, pela ANP, e até mesmo a suspensão da continuidade do leilão, por determinação da Justiça.

Após esse período conturbado, representantes da ANP, dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), das associações de produtores de biodiesel e das distribuidoras e da Petrobras, se reuniram na sexta (28), no primeiro encontro do grupo de trabalho criado para discutir os rumos da comercialização de biodiesel no Brasil.

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“Foi consenso quase geral que será necessária uma maior transparência de informações, principalmente em relação às previsões de demanda, por parte das distribuidoras, com um acompanhamento em menor espaço de tempo – talvez uma semana – com dados atualizados e não uma análise de dados já consolidados com um mês de atraso”, disse a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), em nota.

Foi destacado que dados de fontes oficiais do governo são essenciais para que a ANP possa compor mais adequadamente um preço máximo de referência (PMR), levando em conta as ofertas e preços de matéria-prima.

Segundo a Aprobio, durante a reunião, a Petrobras afirmou que a ferramenta Petronect, criada há oito anos, não consegue mais responder às necessidades atuais do leilão. A empresa é responsável por operacionalizar o leilão, mas já anunciou que irá deixar essa função.

Ainda esta semana, a Aprobio e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) devem apresentar propostas de aperfeiçoamento dos leilões, na próxima reunião do GT.

A BR Distribuidora, maior distribuidora do país, também presente no último encontro do GT, afirmou à epbr que acredita em um consenso entre as partes para atender ao mercado.

“A BR Distribuidora avalia que o encontro foi importante para que todos os lados fossem ouvidos na busca de soluções para equilibrar a oferta e demanda de biodiesel, de forma a garantir o adequado abastecimento de diesel ao mercado”.

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