Venda de ativos

Carmo Energy inicia venda de campos terrestres em Sergipe

Petroleira contratou o Santander como consultor financeiro das negociações, que envolve campos maduros na Bacia Sergipe-Alagoas

Carmo Energy inicia processo de venda de campos terrestres marginais na Bacia de Sergipe-Alagoas. Na imagem: Cavalo-de-pau, bomda de petróleo para exploração terrestre (Foto Monika Wrangel/Pixabay)
Cavalo-de-pau para exploração terrestre de petróleo | Foto Monika Wrangel/Pixabay)

BRASÍLIA – A Carmo Energy iniciou o processo de venda de três campos marginais na Bacia de Sergipe-Alagoas. As áreas estão entre os campos terrestres que a empresa comprou em 2021, no processo de desinvestimentos da Petrobras.

Investidores interessados podem apresentar propostas para até três campos, entre as seguintes áreas: Aguilhada, Aruari, Atalaia Sul, Brejo Grande, Castanhal, Ilha Pequena, Mato Grosso, Riachuelo e Siririzinho.

Juntos, esses campos produzem aproximadamente 3,5 mil barris de boe/dia de petróleo têm estimativa de 60,2 milhões de barris em reserva.

Não estão à venda os campos de Carmópolis e Angelim, os dois principais ativos comprados pela Carmo da Petrobras.

Ativos ‘de primeira classe’

O Santander atua como consultor financeiro para a negociação.

Os ativos incluem ainda o Polo Atalaia, onde está o Terminal Aquaviário de Aracaju e o oleoduto Bonsucesso-Atalia, que liga os campos ao terminal.

As áreas têm estruturas de produção e escoamento, que se complementam e têm sinergias operacionais que podem criar um hub de produção.

Em teaser enviado a potenciais interessados, a Carmo destaca que os campos de petróleo maduros têm reservas comprovadas e infraestrutura “de primeira classe” disponível para exploração e exportação, permitindo acesso a mercados internacionais.

Polo de Carmópolis foi comprado por R$ 1,1 bilhão

O cluster de Carmópolis, principal empreendimento da Carmo Energy, tem reservas estimadas em 183 milhões de barris de óleo equivalente e produção diária de 8,5 mil barris. A petroleira planeja alcançar uma produção de 20 mil barris/dia até 2032.

Parte do grupo Cobra Instalaciones y Servicios, a companhia comprou os ativos terrestres em 2021 no processo de desinvestimentos da Petrobras por US$ 1,1 bilhão. Quando a Carmo assumiu o polo havia 452 poços em atividade, com uma produção média de 3,9 mil barris/dia.

A intenção da Carmo é voltar a produzir este ano os volumes que os ativos produziam quando a Petrobras anunciou a venda, em 2020, que eram de cerca de 10 mil barris/dia de petróleo e 70 mil m³/d de gás natural. O nível de extração caiu em meio ao processo de venda e às interdições realizadas durante a cessão do ativo.

A companhia enfrentou dificuldades para concluir a aquisição ao final do ano passado. A Carmo precisou pedir à Petrobras o adiamento do pagamento final pela compra do polo inicialmente previsto para ocorrer até 20 de dezembro de 2023, devido a ajustes contábeis. A empresa conseguiu quitar os pagamentos no mês seguinte.