Armazenamento de CO2

Regulamentação do CCS vai ajudar empresas a desenvolver a cadeia no Brasil

SLB foi contratada para projeto pioneiro de CCS da FS Bioenergia

O diretor-geral da SLB no Brasil, Thomas Filiponi, defendeu que a regulamentação é determinante para o sucesso do mercado de captura e armazenamento de carbono (CCS) no Brasil, em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e.

“A regulamentação na parte de captura, como parte procedente à lei como um todo, é muito importante para trazer ao mercado esse entendimento e dar às empresas essa visibilidade de como atuar e como trazer valor à cadeia”, afirmou.

O Combustível do Futuro, que será sancionado em 8 de outubro, tem um capítulo com diretrizes para regulamentação de atividades de CCS no Brasil, que ainda vai precisar passar por análise do governo e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No Brasil, a multinacional de tecnologia do setor de energia foi contratada para a primeira etapa de projeto pioneiro de CCS da FS Bioenergia,no Mato Grosso. A SLB já finalizou estudo de superfície e de reservatórios. 

“A estimativa é continuar bem forte nessa pegada e ajudar as empresas que têm maiores emissões nos seus processos industriais a reduzir a pegada de carbono como um todo (…) [No Brasil] nós estamos apostando e investindo na parte de captura, de boosting do CO2 e de estocagem final”, disse Filiponi.

A companhia ainda não tem projetos de CCS offshore no Brasil. “A diferença [em relação ao onshore] é um pouco da complexidade. Você tem que fazer a captura do carbono numa área onde há plantas industriais em excesso para fazer com que esse projeto tenha volume, ganhe valor”.

“E depois, transportar todo esse CO2 na forma, no estado que a gente achar melhor, seja estado crítico, vapor ou líquido. E fazer o boosting de todo esse gás, ou esse líquido, ou esse vapor, até as plataformas, e daí executar a injeção”, afirmou.

A SLB já desenvolve projetos do tipo na Ásia e na Europa. Em um deles, na Holanda, a empresa controla os processos de transporte, pressurização, estocagem e monitoramento.

“A gente traz muita tecnologia, muita inovação, muito conhecimento para poder adicionar a esse mercado”, disse Filiponi.