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Bunker One vê oportunidade de investimentos a partir da expansão do agronegócio no Norte e Nordeste

Empresa também avalia oportunidades para instalação da infraestrutura para exploração da Margem Equatorial

O crescimento do agronegócio no Matopiba (região formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) é uma das principais oportunidades de investimentos para a Bunker One no Brasil segundo o CEO da companhia, Flávio Ribeiro.

Em entrevista ao estúdio eixos na terça (24/8), ele apontou que essa é a região agrícola que mais cresce no país, em estados das regiões Norte e Nordeste, por isso, tem um potencial estratégico para a empresa nas navegações de cabotagem.

“Quando a gente olha a vocação do Brasil como país exportador de matérias-primas e commodities e importador de produtos e serviços, esse fluxo tem vários pontos de saída. Foi exatamente esse o ponto que a gente mapeou como oportunidade de investimento”, afirmou.

No setor de petróleo e gás, o executivo acredita que as próximas oportunidades estarão sobretudo na região da Margem Equatorial, que também se estende do Norte ao Nordeste.

O executivo aponta que o início da exploração na região vai demandar a instalação de novas infraestruturas.

“Não existe, na região Norte, nenhum porto ainda com a vocação 100% para atendimento disso, como o Rio de Janeiro tem, e é um ponto muito forte”, pontuou.

Ribeiro também explicou os planos da empresa para a descarbonização do transporte por navios a partir do uso de biodiesel. O grupo planeja negociar bunker (combustível marítimo) com a adição de 7% de biodiesel.

“A capacidade instalada do Brasil hoje para a produção de biodiesel já seria suficiente, por isso que a gente trabalhou com 7%.  Só que esse número já está destravado, não precisa ser mais 7%, a própria IMO [Organização Marítima Internacional] já fala em 30%, se as partes estiverem de acordo”, disse.

Hoje, a Bunker One responde por 15% do mercado de bunker global.

Em julho, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a comercialização de bunker com 24% de biodiesel.

Com o teor de 10% de mistura, a redução de gases de efeito estufa ficou em 7%. No caso da adição de 24% de biodiesel, os cortes ficaram entre 17% e 19%, conforme resultados de testes feitos pela Petrobras e apresentados à ANP.