O governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) lançaram, na segunda-feira (23/9), em Nova York (EUA), uma Plataforma Global voltada para o financiamento de projetos relacionados à transição energética justa e sustentável.
A iniciativa é liderada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pelo Ministério da Fazenda, dando continuidade às discussões iniciadas durante a 78ª Assembleia Geral da ONU em 2023, que abordou questões de igualdade de gênero e desenvolvimento sustentável.
O objetivo da plataforma é mobilizar e direcionar recursos para enfrentar os desafios da transição verde, com foco em equidade de gênero, por meio da colaboração entre mulheres do setor financeiro público e privado, promovendo parcerias, compartilhando conhecimentos e desenvolvendo instrumentos financeiros.
Aline Damasceno, secretária executiva adjunta do MDIC, explicou que o primeiro encontro formalizou a aproximação entre as participantes. O próximo passo será a constituição oficial do grupo, seguida pela definição de sua governança e pela formulação de uma agenda de debates e ações estratégicas.
A plataforma servirá para compartilhar experiências, realizar estudos técnicos e elaborar estratégias financeiras que possam ser aplicadas em larga escala, com o objetivo de remover obstáculos enfrentados por mulheres.
Aline também destacou a importância de garantir um modelo mais inclusivo, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O lançamento da “Plataforma Global de Líderes Femininas em Finanças” aconteceu durante um evento paralelo à Assembleia Geral da ONU, que discutiu temas como transição energética justa e financiamento ao desenvolvimento. O Brasil foi representado pelas ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos), além da primeira-dama Rosângela da Silva.
Para a secretária do MDIC, é preciso conectar líderes femininas da área financeira e os setores público e privado para alocar recursos de forma eficiente e garantir que os projetos de transição energética sejam justos e inclusivos.