COP29

À frente da COP29, Azerbaijão propõe metas para armazenamento de energia e padrões globais para hidrogênio

Presidente da COP29, o Azerbaijão espera construir um consenso para aumentar a capacidade global de armazenamento de energia

Azerbaijão, que vai presidir a COP29, propõe metas para armazenamento de energia elétrica e harmonização de padrões globais para hidrogênio. Na imagem: Tanque de armazenamento de hidrogênio associado a geração eólica e solar (Foto Alexander Kirch/Shutterstock)
Tanque de armazenamento de hidrogênio associado a geração eólica e solar | Foto Alexander Kirch/Shutterstock

RIO – Depois de mais de 120 países se comprometerem na COP28 do ano passado, em Dubai, a triplicar a capacidade de energia renovável até 2030, a presidência da COP29, ocupada pelo Azerbaijão, também espera construir um consenso para aumentar a capacidade global de armazenamento de energia em seis vezes até o fim da década.

A meta significaria um incremento de 1,5 terawatt (TW), tendo como referência os níveis de armazenagem de 2022, e incluiria o compromisso dos países em adicionar ou reformar mais de 80 milhões de quilômetros de linhas de transmissão até 2040.

Essa é uma das 15 iniciativas que foram apresentadas nesta terça (17/9) pelo ministro da Ecologia do Azerbaijão, Mukhtar Babayev, para aumentar a ambição do financiamento climático na COP29, que acontecerá no país, em novembro. 

A agenda “ajudará a aumentar a ambição ao reunir as partes interessadas em torno de princípios e objetivos comuns”, disse Babayev.

Padrões internacionais para hidrogênio

O ministro também revelou que vai lançar a Declaração de Hidrogênio da COP29 para apoiar a harmonização de padrões que viabilizem o desenvolvimento de um mercado global de hidrogênio limpo. 

“Há uma necessidade urgente de harmonizar estruturas, regulamentações e padrões internacionais para criar modelos de negócios viáveis ​​para a cadeia de valor de ponta a ponta do hidrogênio”, afirmou o líder da COP29. 

E ainda propôs a criação de zonas e corredores de energia verde, ampliando a cooperação regional.

“Zonas de energia verde são necessárias para atuar como polos centralizados onde a geração de energia sustentável é maximizada. Em segundo lugar, corredores de energia verde são necessários para permitir a transmissão econômica em grandes distâncias e através de fronteiras”, disse a carta divulgada.

O Azerbaijão, que é exportador de petróleo e gás e membro da aliança Opep+, também reiterou a ideia de criar o Fundo de Ação Financeira Climática (CFAF), que contaria com contribuições voluntárias de países produtores de combustíveis fósseis e empresas de petróleo, gás e carvão.

O fundo, que deverá receber a primeira contribuição do próprio Azerbaijão, espera arrecadar US$ 1 bilhão na sua primeira rodada, para financiar projetos em países em desenvolvimento, segundo comunicado divulgado em julho.

A ideia é que os países membros do fundo se comprometam a transferir contribuições anuais como uma quantia fixa ou com base no volume de produção.