NESTA EDIÇÃO.A nova etapa do Polo Gaslub, antigo Comperj, com a entrada em operação do gasoduto Rota 3 e da maior UPGN do país.
Ministro confirma leilão para baterias e indica nome para a Aneel. Defende também a continuidade do contrato com a Enel.
O retorno do horário de verão.
Como ficou o biometano no Combustível do Futuro. E o consenso sobre os princípios para bioeconomia no G20.
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Uma nova vida para o antigo Comperj?
Comperj. A primeira grande entrega da Petrobras no Polo GasLub, antigo Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ), está marcada para esta sexta-feira (13/9).
O presidente Lula (PT) participa da cerimônia que marca o início das operações do gasoduto Rota 3 e da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo.
- O projeto da Petrobras está em desenvolvimento há 16 anos, desde o segundo mandato de Lula, e foi um dos símbolos do declínio dos investimentos da estatal na década passada, na esteira da Operação Lava Jato e da queda nos preços do barril de petróleo.
- Tido como uma das marcas da gestão desenvolvimentista da Petrobras nos anos 2000, o projeto foi um dos maiores símbolos de desperdício de recursos e corrupção da história da estatal.
- No governo Dilma (PT), entrou no olho do furacão das investigações da Operação Lava Jato. Depois, o projeto petroquímico acabou desidratado pelos governos e gestões seguintes da Petrobras.
Na cerimônia desta sexta, a presidente da estatal, Magda Chambriard, vai renomear o empreendimento, que passa a se chamar Complexo de Energias Boaventura.
Devem ser anunciados também novos investimentos para o complexo: estão em avaliação um parque termelétrico e unidades de refino destinadas à produção de fertilizantes e lubrificantes.
Apesar dos anúncios, a expectativa é que o gás do Rota 3 comece a chegar ao mercado, de fato, na primeira quinzena de outubro.
- É uma pauta cara ao governo. Reduzir os volumes injetados nos reservatórios e aumentar a oferta da molécula é uma das bandeiras do programa Gás para Empregar e do novo decreto da Lei do Gás.
Leilão para baterias. O Ministério de Minas e Energia (MME) deve abrir nos próximos dias uma consulta pública para um leilão específico de baterias de armazenamento, disse o ministro, Alexandre Silveira (PSD), em entrevista nesta quinta-feira (12/9). O certame deve ocorrer em 2025, após o leilão de reserva de capacidade (LRCAP), que era esperado para agosto, mas ainda não teve diretrizes definidas.
Indicação para diretoria da Aneel. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12/9) que entregou uma sugestão de nome para a vaga de diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Palácio do Planalto. A indicação segue em negociação. O nome indicado deve ser o secretário nacional de energia elétrica, Gentil Nogueira.
Contrato de distribuição da Enel. Em evento organizado pela Enel, em São Paulo, o ministro do MME, Alexandre Silveira, defendeu a manutenção do contrato com a distribuidora. A prefeitura de São Paulo solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da distribuidora depois de um apagão em novembro de 2023.
- No evento desta quinta-feira, a distribuidora assinou um protocolo de intenções com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) para antecipar situações meteorológicas e climáticas com potencial para causar impactos no setor elétrico.
Horário de verão. O MME avalia o retorno do horário de verão neste ano. “Todas as possibilidades estão na mesa”, disse o ministro Alexandre Silveira na quarta (11/9), e a eventual implantação da medida poderia representar, ainda que em pequena escala, uma ferramenta de combate aos efeitos da crise hídrica, que vem afetando os reservatórios das hidrelétricas em todo o país.
Mercado livre. A abertura do mercado livre de energia aos consumidores de baixa tensão vai beneficiar todo esse ambiente de contratação, na visão da co-fundadora da comercializadora Stima Energia, Daniela Alcaro. A executiva acredita que o aumento no volume de energia transacionado no ambiente livre vai ser positivo para comercializadoras de diferentes nichos.
- Para a CEO da comercializadora Indra Energia, Ingrid dos Santos, muitos consumidores ainda estão fora do mercado livre de energia e deixam de economizar nos gastos com eletricidade por falta de conhecimento de como esse mercado funciona.
Tomada de subsídios no Luz Para Todos. A Aneel recebe contribuições para rever metas do programa Luz Para Todos no Maranhão e no Amapá. O número total de atendimentos poderá ser alterado a partir das contribuições. A Equatorial Maranhão apontou desafios operacionais para atendimentos às comunidades rurais.
Hidrogênio com conexão no SIN. O Brasil já conta com onze projetos de hidrogênio verde com pedidos para conexão à rede elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN), que juntos somam uma capacidade instalada de 45 GW até 2038. Destes, seis já tiveram portarias emitidas, reconhecendo a viabilidade de conexão com base no critério de mínimo custo global. Veja quais são
Biometano no Combustível do Futuro. A versão final do PL aprovado na Câmara confirmou a opção por uma base de cálculo mais estável para o mandato de biometano – a ser cumprido pelos produtores e importadores de gás natural a partir de 2026. A agência eixos explica, em cinco pontos, como vai funcionar o mandato.
- O novo marco legal também é um primeiro passo para que os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) façam parte da matriz. Mas ainda é preciso percorrer uma longa jornada regulatória para atrair investimentos no biorrefino, apontam especialistas.
Princípios para bioeconomia. Após nove meses de debates, os países-membros do G20 chegaram a um consenso inédito ao estabelecer os “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia”. Eles incluem compromissos com a equidade, inclusão social e promoção de igualdade de gênero, além da adaptação e mitigação das mudanças climáticas. Também abordam a necessidade de promover padrões sustentáveis de produção e consumo.
Programa ANP de Empreendedorismo. A ANP divulgou os nomes das oito empresas de energia que participarão da primeira edição do Nave. São elas: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras. Cada companhia aportará R$ 3,5 milhões para que startups executem projetos de inovação para solucionar desafios tecnológicos do setor de energia.
Brasil Semicon. Sancionada com vetos, a Lei 14.968/24 prorroga de 2026 para 2029 a vigência dos incentivos tributários e outros benefícios concedidos à indústria de semicondutores e tecnologia da informação e comunicação (TICs) por meio do Padis. A nova legislação cria o Programa Brasil Semicondutores.