Aneel

Vaga na Aneel está em negociação, diz Silveira

Ministro fez indicação de um nome ao Palácio do Planalto, mas, quatro meses depois, ainda não houve definições

Gentil Sá pode ser indicado a diretoria da Aneel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12/9) que entregou uma sugestão de nome para a vaga de diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ao Palácio do Planalto. A indicação segue em negociação.

Silveira disse que a discussão em torno da vaga de diretor da agência depende de outros fatores, o que inclui a articulação com o Congresso Nacional. A cadeira deixada por Hélvio Guerra está vaga desde maio.

“Essa construção dos nomes das agências reguladoras, todos vocês sabem bem, nos últimos anos passou a ser uma discussão meio democratizada com o Senado”, justifica.

O ministro tenta indicar seu secretário de Energia Elétrica, Gentil Nogueira. Entretanto, a escolha passa pela costura com o Senado, responsável pela sabatina de postulantes às agências reguladoras.

“O presidente Lula tem trabalhado para poder construir nomes, e ele tem feito uma discussão com os seus ministros, de todas as agências que venham atender a tecnicidade, a melhor qualificação, com aquilo que ele se sinta confortável para poder fazer a indicação”, completa.

O ministro admite ainda não ter feito a escolha do diretor substituto por não ter sabatinado os nomes indicados na lista tríplice indicada pela Aneel.

“Se precisar vamos fazê-lo. Mas eu tenho uma grande expectativa que isso vai se dar o mais rápido possível, eu trabalho para isso. Não precisa nem passar pelo substituto, já vai direto, já que o nome está no Planalto”, projeta.

Desentendimentos

O ministro Alexandre Silveira enviou um ofício à Aneel no dia 20 de agosto. Ele cobrava agilidade na análise de projetos de interesse do governo e chegou até a falar em intervenção na agência. 

Em resposta, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, elencou problemas estruturais, falta de orçamento e dificuldade para dar encaminhamento aos processos, já que uma das cinco cadeiras da diretoria está vaga.

A Associação dos Servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Asea) emitiu uma nota alegando os mesmos problemas citados por Sandoval Feitosa.

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) ingressou com uma medida cautelar para evitar qualquer ato de ameaça à Aneel, além de solicitar uma auditoria operacional para apurar se há lentidão na análise dos processos.