A Petrobras vai hibernar a plataforma de Merluza (PMLZ-1), em águas rasas na Bacia de Santos. Unidade está com a produção interrompida desde março de 2020, “quando houve redução abrupta na demanda por gás natural”, informou a empresa.
A hibernação é para redução de gastos operacionais e transferência de profissionais para outras unidades.
O polo Merluza está à venda. É composto pela plataforma, os campos de Merluza e Lagosta e os dutos de escoamento da produção de gás natural e condensado para a refinaria a Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão (SP). Produção de 3,6 mil barris/dia de gás e condensados (barris equivalentes de óleo), com 84% de gás natural.
“A hibernação não impactará o processo de desinvestimento do Polo Merluza e o suprimento de gás natural ao mercado da Baixada Santista”.
O gás produzido na Bacia de Campos é escoado por Merluza (pós-sal), pela plataforma de Mexilhão, que funciona como um hub que recebe o gás natural do Rota 1 (pré-sal) e pelo Rota 2, que escoa a produção para Macaé, no Rio de Janeiro – unidade de processamento de Cabiúnas.
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Demanda de gás
De acordo com dados compilados pela Abegás, a demanda por gás natural despencou de 69 milhões de m³/dia no primeiro bimestre para 49 milhões de m³/dia em março (-29% em relação ao patamar pré-pandemia) e 41 milhões de m³/dia (-40%) em abril, mês em que o mercado de energia foi mais impacto pela desaceleração das atividades econômicas.
Considerando a sazonalidade, a demanda em março e abril de 2020 recuaram 9% e 25% na comparação com os mesmos períodos de 2019. Antes, a demanda crescia (+10% em janeiro e +8% em fevereiro), puxada pela demanda por energia termoelétrica (janeiro) e crescimento do consumo residencial e do gás como matéria prima (fevereiro). O consumo industrial estava em queda desde antes dos impactos da covid-19.
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