A Eletronorte será o agente executor responsável pelo programa Mais Luz para a Amazônia, no Amapá. Os termos foram assinados nesta quarta (5) pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente da Eletronorte, Roberto Parucker, em cerimonia com a presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM), eleito pelo Amapá, e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O programa será operacionalizado nos estados pelas distribuidoras. O objetivo é levar energia para cerca de 70 mil famílias que habitam em áreas remotas da Amazônia Legal e o governo vem sinalizando a priorização de fontes renováveis de energia.
No Amapá, a primeira fase vai instalar painéis geração solar fotovoltaica aos cerca de 12 mil habitantes do Arquipélago do Bailique, a cerca de 160 km da capital, Macapá.
O objetivo do MME é assinar ainda este ano com as distribuidoras para poder entregar as obras do programa ao longo de 2021. O programa Mais Luz para a Amazônia foi lançado em fevereiro. Em março o governo publicou uma portaria definindo a Eletrobras como órgão de operacionalização do programa. Os recursos para o Mais Luz para a Amazônia virão da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – é a versão do governo Bolsonaro do programa Luz Para Todos.
Durante a cerimônia Alcolumbre agradeceu Bolsonaro pela oportunidade que dá à Amazônia e frisou que “a presença de vossa excelência é um sinal de respeito e de prestígio a esse parlamentar”.
“Esse programa vai, dentro da Amazônia, apoiar, de uma maneira incalculável, a agricultura familiar (…) É uma resposta geracional na vida dessas pessoas”, disse Alcolumbre.
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Bolsonaro garante MME “sem interferências”, diz ministro
O ministro Bento Albuquerque disse que o MME tem construído todas suas ações em diálogo com o Congresso Nacional. Albuquerque também agradeceu ao presidente Bolsonaro pela garantia de autonomia ao MME.
“O senhor me deu liberdade para que eu conduzisse o ministério dessa forma, sem interferências”, disse o ministro, que também lembrou que hoje foi a segunda vez em que recebeu Alcolumbre no MME – o evento presencial, com participação da imprensa, no auditório do ministério.
Em seu discurso, Bolsonaro lembrou a atuação como parlamentar ao lado de Alcolumbre e elogiou o programa Calha Norte, criado no governo de José Sarney, para povoar áreas remotas da Amazônia. Segundo Bolsonaro, de lá pra cá “políticas equivocadas e antipatrióticas nos impediram de consolidar novas cidades nessa área de fronteira”.
O governo Bolsonaro tem sido criticado pela condução da política ambiental, especialmente na Amazônia, com dados do governo mostrando o aumento do desmatamento e de queimadas na região.
Bolsonaro também disse ter ligado para a Embaixada do Líbano em Brasília e afirmou que “o Brasil vai fazer algo concreto para atender às dezenas de milhares de pessoas que estão em uma situação complicada” após as explosões desta segunda-feira (4) no porto de Beirute. “Estaremos presentes nessa ajuda àquele povo que tem alguns milhões de seus no nosso país”, disse.
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