Ceará ganha mais um projeto para eólica offshore

[imagem ampliada] Complexo eólico marítimo Camocim (CE). Elaborado pela epbr, a partir da dados enviados ao Ibama.
[imagem ampliada] Complexo eólico marítimo Camocim (CE). Elaborado pela epbr, a partir da dados enviados ao Ibama.

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Diálogos da Transição

apresentada por

Quem faz
Felipe Maciel, Gabriel Chiappini,
Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
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Ceará ganha mais um projeto para eólica offshore

O Ceará desponta como principal polo de atração de investimento para eólica offshore do país, após o início do licenciamento, pela BI Energia, de um novo parque em Camocim, com 1,2 GW de potência, distribuída em 100 aerogeradores de 12 MW.

Com o novo projeto, quatro dos sete parques eólicos offshore atualmente em licenciamento no Ibama estão localizados no Ceará.

[imagem ampliada] Complexo eólico marítimo Camocim (CE). Elaborado pela epbr, a partir da dados enviados ao Ibama.
“Será um momento único para o setor. É o começo do desenvolvimento de uma indústria”, afirma Lúcio Bonfim, da BI Energia, sociedade entre o empresário e a italiana Imprese e Sviluppo.

A própria BI Energia desenvolve o parque de Caucaia, em estágio mais avançado de licenciamento (audiência pública realizada em março). Serão 48 aerogeradores offshore (12 MW) e 11 semi-offshore (2 MW), com potência total de 600 MW.

O executivo espera a licença de instalação para os próximos dias e a BI Energia solicitou o despacho de registro de outorga (DRO) na Aneel. A empresa pretende contratar um EPC (contrato de engenharia, suprimento e construção) e, a partir da licença, intensificar a busca por investidores.

Lúcio Bonfim afirma que os projetos envolvem investimentos bilionários, estimados em R$ 7 bi para Caucaia e R$ 14 bilhões para o parque em Camocim.

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Outros projetos em licenciamento no Ceará

Neoenergia desenvolve projetos no Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. No Nordeste, está o complexo Jangada, com quatro parques, no litoral de Amontada…

…Uma região em que pode haver um adensamento das atividades econômicas no offshore. Os parques de Jagada estão próximos dos campos de águas rasas que a Petrobras está vendendo e de projetos exploratórios.

A Eólicas do Brasil planeja instalar o complexo marítimo Asa Branca I, com 400 MW distribuídos em 50 aerogeradores, a uma distância entre 3 km e 8 km da praia, com profundidades variando entre 7 e 12 metros. Projeto desenvolvido desde o início dos anos 2000, conta com o DRO da Aneel.

Em dezembro do ano passado, mostramos que um estudo identificou no litoral do Ceará o potencial de 117 GW de capacidade para instalação de parques eólicos offshore, em águas rasas. Com um fator de capacidade de 60% a 62%, seria possível gerar até 520 TWh por ano.

As informações são do Atlas Eólico e Solar do Ceará (.pdf), lançado em conjunto pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), a FIEC e o Sebrae, e elaborado pela Camargo-Schubert. Um mapa interativo pode ser acessado aqui.

Às 17h, a epbr conversa ao vivo com Erasmo Battistella, fundador do ECB Group, que tem projetos na área de biocombustíveis no Brasil e no Paraguai, sobre os cenários para o mercado de HVO, nova fronteira tecnológica do mercado de biodiesel.

Curtas

Mais de 5 milhões de CBIOs e pré-CBIOs estão registrados na ANP –  pré-CBIOs correspondem ao direito do produtor de biocombustíveis registrar o ativo junto às instituições financeiras. São 4,1 milhões relativos a etanol, 1 milhão a partir de biodiesel e 14 mil de produtores de biometano. Dados em 22 de julho…

…E R$ 1,7 milhão foram movimentados em negociações definitivas no mercado de balcão da B3. Até o momento, 86,448 mil créditos do RenovaBio foram comercializados ao preço médio de R$ 22,96, em 42 operações.

A Vivo anunciou que passará a produzir cerca de 80% da energia consumida em baixa tensão por meio da geração distribuída. A fonte solar será responsável por 61% do projeto, seguida pela hídrica com 30% e biogás, com os 9% restantes. Canal Energia

O Magazine Luiza fechou um contrato com a GreenYellow para o fornecimento de energia solar para 214 lojas da gigante varejista. No acordo, está prevista a entrega de 9.307 MWh por ano, a partir de 2021. Suno Research

A Suzano, do setor de celulose, mira o mercado de polímeros, com foco na substituição do plástico de origem fóssil. Em entrevista ao Valor, o presidente do grupo, Walter Schalka, afirma que a Suzano já domina a tecnologia para biopolímeros com até 70% de celulose e acredita que é possível descolar 10 milhões de toneladas de plástico em 2030.

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