O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Binden, divulgou nesta terça (14) um plano de investimento de US$ 2 trilhões para o combate às mudanças climáticas com investimentos em energia limpa nos setores de infraestrutura, transporte e construção. A meta é que os recursos aportados nos próximos quatro anos impulsionem o país para zerar as emissões na geração de energia nos próximos 15 anos, um desafio bastante ousado.
O plano foi apresentado na cidade natal de Biden, Wilmington, em Delaware.
A agenda divulgada pelo democrata pretende construir infraestrutura moderna e sustentável agora para que o país faça sua transição energética de forma igualitária.
Entre as estratégias está a construção de novas 1,5 milhão de novas casas e unidades habitacionais, todas com eficiências energética, e investimentos e incentivos para ampliação da fabricação e massificação de veículos elétricos no país, com a criação de meio milhão de estações de recarga de veículos elétricos.
Também existe o compromisso de zerar emissões de novos ônibus americanos até 2030, provendo para cidades com 100 mil ou mais habitantes transporte público sustentável com investimentos federais, além adaptação dos atuais sistemas de transporte e a criação de novas redes de VLTs. Tudo isso, de acordo com o projeto, será feito com garantia de proteção trabalhistas.
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O destaque para o setor de carros eletrificados não é novidade. Recentemente, a Wood Mackenzie considerou que a eleição presidencial nos EUA seria um ponto crítico para o futuro do setor no mundo.
O projeto de Biden é um forte contraponto para a política de transição energética do governo Donald Trump. Em conversa promovida pela IEA na semana passada, o secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette, deixou claro que qualquer transição energética deve acontecer pela força do mercado. “Acreditamos na agilidade de baixo pra cima, em vez de ordens de cima para baixo”, comentou.
No desenho democrata, o desenvolvimento de novas tecnologias será feito por uma nova agência para pesquisa de inovações em energia limpa, que vai trabalhar o uso de baterias para estocagem de energia; desenvolvimento de reatores nucleares mais seguros e eficientes; produção de hidrogênio sem emissão de poluentes; descarbonização das indústrias químicas, aço e concreto, além da agricultura.
Este é o segundo grande planejamento de Biden para a retomada do país após a pandemia da covid-19. Na última semana, apresentou o política industrial nacionalista, que prevê investimentos de US$ 700 bilhões no desenvolvimento e na pesquisa de produtos fabricados no país.
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