Petrobras coloca à venda todos os campos offshore do Ceará

Plataformas geminadas de Pargo 1A e 1B operando
no Polo Nordeste da Bacia de Campos. Foto: Taís Peyneau/ Banco de Imagens Petrobras
Plataformas geminadas de Pargo 1A e 1B operando no Polo Nordeste da Bacia de Campos. Foto: Taís Peyneau/ Banco de Imagens Petrobras

A Petrobras anunciou nesta sexta (19) a retomada da estratégia de venda dos campos dos campos de Atum, Xaréu, Curimã e Espada, todos em águas rasas na Bacia do Ceará. Os campos produziram 4,2 mil bpd de óleo e 76,9 mil m³/d de gás, em média, em 2019. 

A produção no polo é feita a partir de 32 poços e nove plataformas fixas (sendo três habitadas).  Mas os ativos estão com a produção paralisada desde o final de março por conta da baixa do preço do petróleo e da baixa na demanda causada pela pandemia da covid-19,

A produção de óleo no campo é escoada por navios aliviadores. A produção de gás é exportada por gasoduto até a Lubnor, em Fortaleza, que também está sendo vendida pela Petrobras. A Lubnor possui capacidade de processamento de 8 mil barris/dia, produz asfalto e é a única no país a produzir lubrificantes naftênicos.

É a segunda vez que a Petrobras coloca os campos à venda. A empresa chegou a lançar a licitação das áreas, que faziam parte do Projeto Ártico, em 2017, ainda na gestão de Pedro Parente, durante o governo Michel Temer. 

O comprador pode levar também a infraestrutura associada ao campo,  incluindo o Porto de Paracuru e subestação elétrica em Pecém. 

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O estado do Ceará pode se tornar o primeiro com a produção offshore 100% privada no país com a venda. Isso por que toda a produção marítima de petróleo e gás do estado é restrita aos quatro campos. 

O contrato de concessão dos campos de Atum, Xaréu, Curimã e Espada vence em 2025. A Petrobras estima no teaser.pdf de venda que existe potencial para extensão a ser requerido pelo futuro comprador.

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