Governo adia leilão de Sépia e Atapu para 3º trimestre de 2021

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participa de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participa de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado.

BRASÍLIA – O Ministério de Minas e Energia apresentou nesta quarta (10) o cronograma para o leilão de Sépia e Atapu, remanescentes da cessão onerosa. A expectativa do governo federal é que o edital seja publicado no segundo trimestre do próximo ano, seguido do leilão no terceiro trimestre de 2021.

No início deste mês, o ministro Bento Albuquerque havia confirmado o certame para junho de 2021, durante a participação de conferência promovida pela XP Investimentos.

“É um assunto bastante importante, principalmente agora que estamos discutindo a retomada econômica do país pós-pandemia. Acho que o leilão de Sépia e Atapu tem todas as condições para ser bem-sucedido”, afirmou o ministro hoje.

O leilão dos excedentes da cessão onerosa, em 2019, contratou os volumes de dois dos quatro campos ofertados. Búzios foi 90% contratado pela Petrobras, em parceria com estatais chinesas que assumiram os 10% restantes, e Itapu ficou 100% com a petroleira brasileira, que opera os contratos originais da cessão, com também com 100% das áreas.

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Sem ofertas para Sépia e Atapu, o leilão foi considerado um fracasso por setores do governo, notadamente, pelo ministro Paulo Guedes, crítico do modelo de partilha da produção. A Petrobras não exerceu seu direito de preferência para os volumes excedentes desses dois campos, mas a complexidade do leilão foi apontada como um dos motivos do desinteresse das petroleiras internacionais.

“Os 17 gigantes mundiais não vieram. A Petrobras levou sem ágio. Quer que isso quer dizer? Que nós sabemos nos apropriar dos nossos recursos ou que nós não entendemos até agora a principal mensagem que é o seguinte: vocês são muito complicados, muito difícil investir aí”, afirmou o ministro Paulo Guedes, na época.

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